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Dilma cancela viagem de Estado ao Peru por "agenda interna"

Presidente decidiu cancelar viagem por conta do aumento da pressão do Rio de Janeiro em torno da decisão sobre a nova divisão dos royalties da exploração do petróleo


	Dilma participaria de cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) em Lima e deveria embarcar para o país andino na quinta-feira
 (Cristiano Mariz/EXAME.com)

Dilma participaria de cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) em Lima e deveria embarcar para o país andino na quinta-feira (Cristiano Mariz/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 13h25.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff cancelou viagem ao Peru, onde participaria de cúpula de países sul-americanos no final desta semana, devido a "compromissos de agenda interna", informou nesta terça-feira a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

De acordo com duas fontes ligadas ao governo ouvidas pela Reuters, a presidente decidiu cancelar sua ida ao Peru por conta do aumento da pressão do Rio de Janeiro em torno da decisão que Dilma terá de tomar até sexta-feira sobre a nova divisão dos royalties da exploração do petróleo.

O texto aprovado pela Câmara reduz a participação da União e de Estados e municípios produtores e eleva o recebimento dos recursos pelos não produtores. O projeto contraria os interesses dos Estados produtores e do governo federal, já que prevê nova divisão sobre royalties de blocos de petróleo leiloados pelo modelo anterior, o de concessão, o que eles avaliam como uma quebra de contrato.

A presidente planeja um veto parcial ao projeto, propondo que Rio de Janeiro e Espírito Santo, os dois Estados que hoje têm a maior produção petrolífera no país, continuem recebendo o nível de royalties que eles tiveram em 2011, disse à Reuters uma fonte familiarizada com o assunto.

Dilma participaria de cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) em Lima e deveria embarcar para o país andino na quinta-feira.

A presidente deve ter pela frente uma semana intensa e, além da questão dos royalties, deve acompanhar também os desdobramentos da Operação Porto Seguro da Polícia Federal, que investiga o envolvimento de servidores do Executivo e de agências reguladoras num esquema que obtinha pareceres técnicos fraudulentos que eram vendidos para empresas interessadas.

A PF indiciou 18 pessoas como integrantes do esquema, entre elas a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Novoa de Noronha, e o advogado-geral adjunto da União, José Weber de Holanda Alves. Os dois foram exonerados de suas funções pela presidente.

Dilma tem, ainda, uma visita agendada para Buenos Aires na quarta-feira, onde deverá se reunir com a presidente argentina, Cristina Kirchner. Ela retornará a Brasília no fim do dia, segundo o cronograma inicial.

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