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Em carta, Dilma promete plebiscito para novas eleições; leia

Objetivo de presidente afastada é conseguir apoio para impedir processo do impeachment no Senado

A presidente Dilma Rousseff. Em 29/03/2016 (Adriano Machado/Reuters)

A presidente Dilma Rousseff. Em 29/03/2016 (Adriano Machado/Reuters)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 21h39.

Brasília –  Com 50 minutos de atraso, a presidente Dilma Rousseff realizou na tarde de hoje a leitura da carta em que pede apoio para barrar processo de impeachment. No texto, ela endossa o argumento de que é vítima de um "inequívoco golpe", mas ela admite que ouviu "críticas duras" durante o período em que esteve afastada e que as acolhe "para que possamos construir um novo caminho".

Elaborado nas últimas semanas, o documento conta com 4 páginas e já foi entregue aos 81 senadores. O julgamento final começa em 25 de agosto, às 9h. No texto, ela pede para que os parlamentares não executem uma "injustiça" de condená-la por um crime que não cometeu. "Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente", escreveu.

Intitulado "Mensagem ao Senado e ao Povo Brasileiro", o texto conta com uma série de compromissos que a petista assumiria caso voltasse à Presidência da República. Entre eles, destaque para a eventual convocação de um plebiscito para consultar a população sobre antecipar as eleições. 

"Sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, seja pelas práticas políticas questionáveis, a exigir uma profunda transformação nas regras vigentes. Darei meu apoio irrestrito à convocação de um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral", disse. 

O texto, que estava previsto para ser publicado na semana passada, passou por reformulações após Dilma escutar sugestões de aliados. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Jaques Wagner foram alguns dos políticos que contribuíram na elaboração da carta.

Participaram da leitura os ex-ministros Jaques Wagner, Aloizio Mercadante, Ricardo Berzoini, Miguel Rossetto e Eleonora Menicucci. Veja o documento na íntegra: 

Veja a leitura da carta feita pela presidente afastada direto do Palácio da Alvorada.

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