Brasil

Dilma aposta que brasileiro vai comprar cervejinha e torcer

Presidente se referiu de forma indireta aos protestos que se opõem ao gasto público com a Copa e se disse convencida que brasileiros entrarão no clima do evento

Dilma: muitas das obras feitas para realização da Copa ficam para o povo brasileiro, diz (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Dilma: muitas das obras feitas para realização da Copa ficam para o povo brasileiro, diz (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 19h19.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff se referiu nesta sexta-feira de forma indireta aos protestos de movimentos que se opõem aos gasto públicos com a Copa do Mundo e se disse convencida que os brasileiros entrarão no clima do evento da Fifa.

"Eu tenho absoluta certeza que o nosso povo vai fazer como sempre fez, vai juntar os amigos, vai juntar a família, comprar uma cervejinha, ligar a televisão e assistir à Copa torcendo para nossa seleção", declarou a presidente durante a cerimônia de entrega de entrega de máquinas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Poços de Caldas, Minas Gerais.

Dilma também fez alusão às reivindicações dos manifestantes, que exigem mais investimentos em áreas sociais como saúde, educação e transporte, ao afirmar que muitas das obras realizadas para a realização da Copa "ficam para o povo brasileiro".

"Pensem comigo, ninguém que visita o Brasil sai daqui e volta para seu país com estádio na mala, com aeroporto, com obras de mobilidade urbana, como o BRT e os metrôs, não", comentou.

A presidente fez essas declarações no momento em que no Rio de Janeiro e Brasília, duas das 12 cidades que serão sedes do Mundial, dezenas de manifestantes começavam a concentrar-se para novos protestos.

No Rio, um numeroso grupo de professores da educação publica em greve há dias lidera uma passeata que pretende chegar até o Maracanã, que no dia 13 de julho receberá a final da Copa.

Em Brasília, os manifestantes se concentraram em frente ao Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, e, assim como no Rio de Janeiro, também se propunham a marchar até o Estádio Nacional Mané Garrincha, que receberá sete jogos do Mundial.

Na terça-feira passada, duas mil pessoas também tentaram chegar ao Mané Garrincha com seu protesto, mas foram contidos por um cordão de policiais, que reprimiu a manifestação com a cavalaria e o uso de gás lacrimogêneo.

A essa manifestação uniu-se um grupo de índios, com seus rostos pintados e armados de arcos e flechas, que enfrentou a polícia. No meio desses distúrbios, um dos agentes de cavalaria ficou levemente ferido por uma flechada, cujo autor não pôde ser identificado.

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