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Dilma afasta racionamento em inauguração de parque eólico

A presidente aproveitou a inauguração de parque eólico para, mais uma vez, afastar o risco de racionamento de energia no Brasil


	A presidente Dilma Rousseff: "no passado, teríamos racionamento, mas hoje nosso sistema é robusto"
 (Elza Fiúza/Agência Brasil)

A presidente Dilma Rousseff: "no passado, teríamos racionamento, mas hoje nosso sistema é robusto" (Elza Fiúza/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 20h49.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff aproveitou a inauguração do parque eólico Geribatu, em Santa Vitória do Palmar (RS), para mais uma vez afastar o risco de racionamento de energia no país.

Segundo Dilma, apesar de o Brasil atravessar hoje "talvez o maior desafio da história das águas do nosso País", por conta da estiagem, isso não acarretou em racionamento.

"No passado, teríamos racionamento, mas hoje nosso sistema é robusto", afirmou.

A presidente afirmou que o Nordeste passa pela maior seca dos últimos 100 anos e que o Sudeste tem uma situação "inédita" com a estiagem.

"Se no passado ocorresse isso, nós estaríamos diante do maior racionamento", reforçou. Ao iniciar o seu discurso, ainda cumprimentando os presentes, Dilma afirmou aos presentes que juntos "vamos superar todos os desafios que estão diante de nós".

Dilma destacou a importância dos investimentos feitos no setor energético durante os 12 anos do governo petista e disse que apenas em seu primeiro mandato o governo ampliou em 21 mil megawatts a oferta de energia. Sem citar diretamente o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, Dilma disse que nos oito anos "da época do racionamento eles não conseguiram produzir 21 mil megawatts que produzimos em 4 anos", disse.

A presidente destacou que no parque eólico de Geribatu, que segundo ela é o maior da América Latina, foi investido R$ 1 bilhão e que o sistema de transmissão custou outro R$ 1 bilhão.

Dilma disse ainda que parte desse dinheiro investido veio da contribuição de impostos e fez um apelo para que os consumidores economizem energia. "Imposto é o dinheiro suado. Desperdício zero é o compromisso de não jogar fora esse dinheiro suado", afirmou.

Em outro momento em que lembrou a época do racionamento de 2001, Dilma disse que um dos problemas na ocasião era a falta de rede de transmissão.

"Em 2001, tinha energia aqui no Rio Grande do Sul e não conseguia passar para o resto do País porque não tinha rede de transmissão", disse. "Nós fizemos quilômetros de linhas de transmissão para compartilhar a energia."

Dilma prometeu que o governo vai entregar neste ano mais 6,4 mil megawatts de energia e 7 mil quilômetros de linhas de transmissão. "Nesse setor, se parar de investir você cai, é como andar de bicicleta. O que investimos hoje garantimos que amanhã não vai ter racionamento", afirmou.

Sustentável

A presidente disse ainda que, com parque eólico Geribatu, "estamos explorando energia muito mais sustentável" e que pretende tornar o País "campeão" em uso de energias renováveis. Segundo ela, esse é mais um passo para mostrar o comprometimento do País com os fóruns de mudanças climáticas. "Estamos explorando uma forma de energia muito mais sustentável, além de ser muito bonita", disse.

Braga

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, usou o seu discurso durante a inauguração do parque eólico Geribatu para exaltar a figura da presidente Dilma Rousseff e fazer uma defesa de seu governo e da trajetória da presidente no setor elétrico. "Venho no extremo sul testemunhar algo transformador, que muda o nosso país, que muda a qualidade de vida e dá uma resposta aos pessimistas de que nós vamos vencer porque temos um setor elétrico robusto inovador, alternativo, que integra o extremo sul ao extremo norte", afirmou.

Braga disse ainda que a "revolução" dos parques eólicos foi uma "decisão política" da presidente, que segundo o ministro teve "a visão, a firmeza e a vontade" de investir no desenvolvimento de fontes alternativas de energia.

O ministro afirmou que são iniciativas de ampliação de energia, como os parques eólicos, que permitem que o governo mitigue e "vença o desafio" de garantir energia ao País. "Nós podemos acreditar no nosso país. Haveremos de vencer com trabalho, tecnologia e com a dedicação e firmeza de uma mulher corajosa", disse.

Braga citou a carreira de Dilma no setor elétrico e disse que ela não é apenas a "mãe dos parques eólicos", mas também "a mãe de todos os brasileiros" que sonham com um país melhor.

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