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Dilma admite que 2016 não será um bom ano para o Brasil

"Faço apelo para que a preocupação não se transforme em pessimismo", pediu a presidente


	Dilma Rousseff: "Faço apelo para que a preocupação não se transforme em pessimismo"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: "Faço apelo para que a preocupação não se transforme em pessimismo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 10h48.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff admitiu, na manhã desta terça-feira, 25, que 2016 "não será um ano maravilhoso" para o Brasil. Em entrevista às rádios Morada de Araraquara e Difusora de Catanduva, região do interior de São Paulo onde cumpre agenda hoje, Dilma culpou novamente a crise internacional, citando especificamente a que atingiu neste início de semana os mercados internacionais, em razão da turbulência no mercado chinês, e disse que não é possível prever os reflexos no mercado brasileiro.

"Espero que a situação melhore no futuro, mas não tem como garantir que 2016 será maravilhoso. Não teremos uma situação maravilhosa em 2016 (no País), mas também não será aquela dificuldade imensa que muitos pintam."

Na rápida entrevista, concedida por telefone do Palácio do Alvorada, antes de seguir viagem para cumprir agenda em quatro cidades, a presidente da República frisou que a economia brasileira é forte, mas como não há controle sobre a economia de outros países, é difícil prever os reflexos de tais crises no País.

"Vivemos um momento de dificuldade, em que temos de fazer ajustes na economia para voltar a crescer e é razoável que as pessoas se sintam inseguras e preocupadas com o futuro", disse. E frisou: "Faço apelo para que a preocupação não se transforme em pessimismo."

Dilma reconheceu que as pessoas estão preocupadas com o emprego e com a alta da inflação "que vem, de fato, crescendo", mas disse que a boa notícia é que os índices inflacionários começam a cair, com um viés de baixa.

"As pessoas querem resolver tudo rapidamente, nossa ideia é que as dificuldades sejam superadas o mais rapidamente possível." E alfinetou a oposição: "Mas com gente torcendo pelo 'quanto pior, melhor', vai ser mais lento sair da crise."

A presidente voltou a falar da crise nos mercados internacionais, dizendo que ontem tivemos uma segunda-feira negra nos mercados asiáticos. "As dificuldades não são apenas no Brasil", destacou.

E disse que sua administração vem adotando as medidas necessárias para o Brasil voltar a crescer, dizendo que espera que a situação melhore rápido.

No início da entrevista, questionada pelo locutor sobre problemas no Minha Casa Minha Vida na região, Dilma negou que existam falhas neste programa. "O Minha Casa Minha Vida, o qual vamos lançar a fase 3, sempre passa por aprimoramentos, estamos abertos às sugestões." Na entrevista, ela disse ainda que seu governo vai continuar incentivando o setor sucroalcooleiro.

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