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Dilma acena com Integração Nacional para PMDB

Segundo fonte, presidente ofereceu ao PMDB continuar no comando de cinco ministérios, trocando a pasta do Turismo pela Integração Nacional

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de posse dos novos Ministros de Estado da Casa Civil, da Educação, da Saúde e da Secretaria de Comunicação Social (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de posse dos novos Ministros de Estado da Casa Civil, da Educação, da Saúde e da Secretaria de Comunicação Social (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 20h19.

Brasília - A longa reunião da presidente Dilma Rousseff com o vice-presidente Michel Temer não foi suficiente para resolver o impasse sobre a ampliação da participação do PMDB no primeiro escalão do governo.

Durante o encontro de quase seis horas, na segunda-feira, com peemedebistas, a presidente se mostrou reticente em ampliar o número de ministérios nas mãos do partido, seu maior aliado no Congresso, mas apresentou uma nova proposta que pegou o PMDB de surpresa, disse à Reuters uma fonte do Palácio do Planalto.

Dilma ofereceu ao partido continuar no comando de cinco ministérios, trocando a pasta do Turismo, que iria para o PTB, pela Integração Nacional, um antigo desejo do PMDB, disse a fonte que pediu para não ser identificada.

Atualmente, o partido controla os ministérios da Previdência, Minas e Energia, Aviação Civil, Turismo e Agricultura.

A presidente pediu ainda que o partido indicasse o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), para a Integração Nacional, acrescentou a fonte palaciana.

O pedido pegou os peemedebistas de surpresa, já que na semana passada Dilma havia indicado que ampliaria para seis o número de integrantes do partido no primeiro escalão. A legenda já tinha fechado um acordo interno para indicar o senador Vital do Rêgo (PB) para a nova pasta, que provavelmente seria a Secretaria de Portos.

A sugestão da presidente teria surpreendido até mesmo Oliveira, que disse a assessores próximos que prefere disputar a eleição para o governo do Ceará e que não foi convidado para comandar nenhum ministério.

Mais cedo outros dois peemedebistas disseram à Reuters, sob condição de anonimato, que o partido aceitava a proposta anterior de Dilma, onde o PMDB abria mão do Ministério do Turismo, mas seria compensado com o Ministério da Ciência e Tecnologia e também ganharia o comando dos Portos.


Esse era o desenho que vinha sendo discutido com a presidente, mas que na reunião de segunda ficou em segundo plano.

A hipótese de não ampliar o espaço e ainda ver a indicação de um senador para a Integração Nacional irritou a bancada do partido na Câmara, cujo líder Eduardo Cunha (RJ) disse a jornalistas que os deputados indicariam "dois ministros ou nada".

Uma reunião da bancada na Câmara está agendada para quarta-feira para analisar o novo formato discutido com Dilma.

O ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann, disse a jornalistas nesta terça-feira que a reunião com o PMDB não foi conclusiva.

A presidente deve dar sequência às mudanças já anunciadas no primeiro escalão nos próximos dias. Dilma precisa substituir ministros que deixam o governo para concorrer às eleições de outubro, mas quer aproveitar para ampliar a aliança partidária para tentar a reeleição.

Dilma já colocou Aloizio Mercadante na Casa Civil no lugar de Gleisi Hoffmann, que irá concorrer ao governo do Paraná; Arthur Chioro à frente da Saúde, no lugar de Alexandre Padilha, que disputará o governo do Estado de São Paulo. Além disso, nomeou Traumann, ex-porta-voz da Presidência, para a Secretaria de Comunicação Social, no lugar da jornalista Helena Chagas. O Ministério da Educação, deixado por Mercadante, passou a ser dirigido pelo ex-secretário-executivo da pasta José Henrique Paim.

A presidente também discutiu com Temer as alianças regionais entre PT e PMDB. Há preocupações sobre o andamento das negociações em Estados importantes como Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Minas Gerais e Maranhão.

Segundo a fonte do Planalto, porém, não houve avanços nessas negociações.

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