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Dilma: a sombra da Lava-Jato

Dilma Rousseff completa no domingo um mês afastada da presidência. Apesar de alimentar a esperança de voltar ao Planalto com as sucessivas crises do governo interino, um fantasma voltou a ganhar força esta semana: a Lava-Jato. O engenheiro Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels, revelou em delação premiada que pagou 4,5 milhões de dólares […]

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) (Mario Tama/Getty Images)

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2016 às 06h35.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.

Dilma Rousseff completa no domingo um mês afastada da presidência. Apesar de alimentar a esperança de voltar ao Planalto com as sucessivas crises do governo interino, um fantasma voltou a ganhar força esta semana: a Lava-Jato.

O engenheiro Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels, revelou em delação premiada que pagou 4,5 milhões de dólares ao marqueteiro João Santana, na Suíça, na campanha de Dilma em 2014. As delações de Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro, ex-presidentes da Odebrecht e da OAS, começaram a pipocar. Odebrecht já disse que tratou diretamente com Dilma sobre repasses ilegais para a campanha.

Além deles, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, afirmou que Dilma o “sacaneou” ao dizer que não conhecia os termos do contrato da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. De acordo com ele, a petista “sabia de tudo”.

Os indícios podem influenciar o julgamento das contas no Tribunal Superior Eleitoral e a possível cassação da chapa. No TSE, a tentativa do presidente interino Michel Temer de separar ontem suas contas das de Dilma fracassou. No pior cenário, pode ficar só para 2017, alongando a agonia tanto de Dilma quanto de Temer.

Pesquisa da CNT divulgada ontem revelou que Dilma tem 73% de reprovação. Temer não está muito melhor – 55% entendem que nada mudou com ele. Mas 62% acreditam que o afastamento pelo Senado foi correto, e 68% acreditam que Dilma será impedida. Ou seja, a narrativa de golpe que Dilma continua a defender insistentemente continua não colando. Com o avanço da Lava-Jato, vai ficar ainda mais difícil voltar a sentar na cadeira presidencial.

 

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