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Dieese: inflação pelo ICV atinge 0,93% em outubro

Maior responsável pelo aumento na capital paulista foi o grupo Alimentação, com 2,47% de avanço no mês

Abastecimento de etanol: combustível também elevou o ICV em outubro, com alta de 7,36% (Divulgação/Petrobras)

Abastecimento de etanol: combustível também elevou o ICV em outubro, com alta de 7,36% (Divulgação/Petrobras)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 12h31.

São Paulo - A taxa de inflação na capital paulista apresentou forte aceleração entre setembro e outubro, segundo levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mês passado, o Índice do Custo de Vida (ICV) medido pela instituição registrou variação positiva de 0,93%, o que representou uma aceleração expressiva ante a elevação de 0,53% registrada em setembro.

De acordo com o Dieese, o grande responsável pela alta do ICV foi o grupo Alimentação, cuja elevação foi de 2,47% em outubro, ante avanço de 1,03% em setembro. A variação média dos preços do grupo respondeu sozinha por 0,69 ponto porcentual de toda a taxa registrada pelo indicador de inflação.

Os subgrupos alimentícios que mais aumentaram seus valores foram produtos in natura e semielaborados (4,06%) e produtos da indústria alimentícia (1,62%), que contribuíram para o resultado do ICV do mês passado com 0,66 ponto porcentual. A alimentação fora do domicílio (0,62%) foi o subgrupo com a menor variação em seus preços.

Além da Alimentação, outra alta importante em outubro foi detectada no grupo Transporte (1,07%), por conta de um avanço de 2,62% nos preços dos combustíveis, com destaque para o álcool (7,36%). Os demais grupos pesquisados apresentaram taxas inferiores à variação média da inflação. Este foi o caso de despesas diversas (0,62%), habitação (0,55%), recreação (0,22%), educação e leitura (0,13%) e vestuário (0,18%).

Outros grupos, como Despesas Pessoais (alta de 0,01%) e Equipamento Doméstico (recuo de 0,01%) tiveram taxas próximas a zero. Segundo o Dieese, apenas o grupo Saúde (baixa de 0,52%) apontou um movimento de deflação consistente em seus valores. Nos primeiros dez meses de 2010, o ICV acumulou alta de 5,14%. Nos 12 meses encerrados em outubro, a taxa acumulada atingiu o nível de 5,85%.

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