Brasil

Dieese: desemprego é menor em BH e Porto Alegre

As duas capitais são as únicas que tiveram taxa abaixo dos dois dígitos

Contratações da indústria puxaram o índice para cima (Germano Luders/Exame)

Contratações da indústria puxaram o índice para cima (Germano Luders/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em sete regiões metropolitanas do País, apontou que Belo Horizonte apresentou a taxa mais baixa de desocupação em julho, de 8,3%. Em seguida aparece Porto Alegre, com 8,9%.

De acordo com o coordenador de pesquisas do Dieese, Francisco Oliveira, alguns fatores podem explicar o bom desempenho dessas áreas. Elas são as únicas regiões que apresentam taxa de desemprego de um dígito, enquanto as outras cinco (São Paulo, Salvador, Recife, Distrito Federal e Fortaleza) registram um patamar superior a 10%. "Em Belo Horizonte e Porto Alegre, o mercado de trabalho é mais estruturado nos diversos segmentos produtivos, o que diminui naturalmente a participação do emprego informal", disse Oliveira.

Nessas duas capitais e em São Paulo, a evolução do nível de emprego foi marcada sobretudo pela expansão das contratações da indústria, o que, segundo ele, puxou o nível de ocupação em outros segmentos, como o comércio e o setor de serviços. No caso particular de Belo Horizonte, ocorreu uma forte alta das vendas do varejo no mês passado, em relação a um período de 12 meses anteriores. "A economia em bom ritmo de expansão nos últimos 12 meses é a principal responsável pela queda da taxa de desemprego de 11% em julho de 2009 para 8,3% em julho de 2010 em Belo Horizonte e de 12% para 8,9% no mesmo período em Porto Alegre ", comentou Oliveira.

Para a economista Patricia Lino Costa, do Dieese, uma das hipóteses que pode explicar a evolução do varejo na capital mineira é que a cidade tem forte presença de atividades de comércio e serviços. Estes setores foram fortemente atingidos no ano passado pelos efeitos da crise financeira internacional e, agora, mostram recuperação. "A recuperação atual está vinculada à retomada do nível de atividade, inclusive no setor siderúrgico", disse Patricia.

Oliveira destacou que há uma boa evolução do nível de emprego também em outras capitais. Em Fortaleza, o boom da construção civil está sendo determinante para levar a taxa de desemprego para uma marca historicamente baixa. De acordo com a PED, a região metropolitana cearense apresentou um nível de desocupação de 12,3% em julho de 2009, que baixou para 10,6% em junho deste ano e caiu para 10,2% no mês passado.

No caso de São Paulo, além da construção civil e da indústria, o comércio ajudou a melhorar o nível de emprego. Em julho do ano passado, a taxa de desemprego estava em 14,8%. Ela recuou para 12,9% em junho de 2010 e atingiu 12,6% em julho deste ano.

Leia mais de desemprego

Siga as últimas notícias de Economia no Twitter

 

 

Acompanhe tudo sobre:DesempregoEmpregosNível de empregoRio Grande do SulSudeste

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas