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Dieese: custo de vida sobe 0,91% em março em SP

Inflação acelerou 0,5% em relação ao mês de fevereiro. É a segunda elevação depois de 2,62% no começo do ano

Mudança foi mais acentuada no subgrupo Locação, Impostos e Condomínio, subindo 1,82% (Wikimedia Commons)

Mudança foi mais acentuada no subgrupo Locação, Impostos e Condomínio, subindo 1,82% (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2011 às 12h29.

São Paulo - A taxa de inflação na capital paulista apresentou forte aceleração entre fevereiro e março, segundo levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mês passado, o Índice do Custo de Vida (ICV) medido pela instituição registrou variação positiva de 0,91%, o que representou uma aceleração expressiva de 0,50 ponto porcentual ante a elevação de 0,41% de fevereiro. No primeiro trimestre de 2011, o ICV acumulou elevação de 2,62%. Nos últimos 12 meses encerrados em março, a taxa acumulada atingiu o nível de 6,72%.

De acordo com o Dieese, os grupos que mais colaboraram com a inflação em março foram Transporte, com alta de 2,34%; Habitação, com variação positiva de 1,10%; e Alimentação, com avanço de 0,80%. Estes três grupos representam 67,6% dos gastos familiares e, juntos, contribuíram com 0,85 ponto porcentual no cálculo do ICV do mês passado.

No grupo Transporte, cuja participação no ICV foi de 0,37 ponto porcentual, o destaque foi observado principalmente no subgrupo Transporte Individual (alta de 3,17%), uma vez que o Transporte Coletivo (0,60%) variou bem menos. Na parte individual, a alta foi verificada nos combustíveis, cuja taxa passou de 1,28% em fevereiro para 5,20% em março, com aceleração da ordem de 3,92 pontos porcentuais.

Conforme o levantamento da instituição, o etanol mostrou alta acentuada, de 10,20%, embora a gasolina (3,28%) também tenha apresentado forte reajuste. No Transporte Coletivo, o aumento foi visto nos itens metrô (2,69%), ônibus intermunicipais (3,96%) e trens de subúrbio (4,50%).

Quanto à variação de 1,10% do grupo Habitação, o Dieese constatou que ela foi mais acentuada no subgrupo Locação, Impostos e Condomínio (1,82%), seguido de Operação (0,98%) e, com menor taxa apurada, Conservação do Domicílio (0,21%). No período, apenas um item deste grupo, de serviços domésticos (4,17%), colaborou com 0,12 ponto porcentual no cálculo da taxa deste mês.

Na Alimentação, o levantamento do Dieese mostrou que o subgrupo Produtos in Natura e Semielaborados, com uma alta de 1,36%, foi o grande destaque, com avanços expressivos nos segmentos de Peixes e Frutos do Mar (30,61%), Legumes (10,34%) e Raízes e Tubérculos (7,53%), enquanto a parte de Hortaliças apresentou recuo de 3,45% e a de Carnes caiu 1,98%.

Entre os itens do subgrupo, o camarão apresentou aumento considerado pela instituição como "extraordinário", de 76,67%, em virtude da proibição da pesca nesta época do ano, segundo o Dieese. Também mereceram maiores destaque as altas do tomate (18,54%), da vagem (15,94%) e do quiabo (13,45%), entre os legumes; da cebola (15,15%) e da batata (9,26%), entre as raízes e tubérculos; e do feijão (6,02%), na parte de Grãos, que apresentou no mês uma variação positiva de 1,80%.

Quanto aos demais grupos pesquisados pelo Dieese, também apresentaram elevação em março os conjuntos de preços de Despesas Diversas (1,56%), Vestuário (0,41%), Saúde (0,24%), Educação e Leitura (0,16%) e Despesas Pessoais (0,12%). No campo das quedas, Recreação mostrou recuo de 0,08% e o conjunto de Equipamentos apresentou baixa de 0,13%.

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