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Dias Toffoli diz que não é momento de conversar sobre Lava Jato

"É uma perda pessoal que nos abala muito. Eu vim dar um beijo em um grande amigo", diz ministro do STF

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de janeiro de 2017 às 12h11.

Última atualização em 21 de janeiro de 2017 às 12h14.

Porto Alegre - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli disse que não é o momento de se conversar sobre quem herdará a relatoria da Lava Jato na corte com a morte de Teori Zavascki. Em breve declaração durante o velório do colega, Toffoli comentou que ele será lembrado pela simplicidade e humildade. "É uma perda pessoal que nos abala muito. Eu vim dar um beijo em um grande amigo", comentou.

Já o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo de Tarso Vieira Sanseverino comentou que a vida de Teori é "um exemplo que indica como deve proceder um magistrado nas altas funções da República". Questionado, ele disse ser da opinião de que a relatoria da Lava Jato deveria ser redistribuída entre os atuais ministros do STF.

"Não se deve deixar a relatoria para o novo ministro que vai assumir. Seria uma situação política extremamente delicada. Vários senadores estão sendo investigados na Lava Jato. Isso criaria uma situação embaraçosa politicamente, com as pessoas que vão ser julgadas analisando o futuro julgador", afirmou.

Perguntado sobre a possibilidade de a presidente do STF, Cármen Lúcia, assumir a homologação das delações premiadas da Odebrecht, que estava sendo feita por Teori, Sanseverino disse que seria preciso analisar bem o regimento interno da corte, mas pensa que "seria uma solução bem razoável".

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