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Dias defende primárias para candidatura tucana

Questionado se lançaria seu nome como pré-candidato do partido, o senador esquivou-se de uma resposta direta

Álvaro Dias, líder do PSDB, quer conseguir assinaturas no bloco independente do PMDB para a CPI (José Cruz/ABr)

Álvaro Dias, líder do PSDB, quer conseguir assinaturas no bloco independente do PMDB para a CPI (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 00h06.

São Paulo - O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) defendeu nesta terça a realização de primárias para definir quem será o candidato do seu partido à eleição presidencial de 2014. Para o senador, isso eliminaria a "imposição de um candidato" e ajudaria na hora de definir qual será o discurso tucano no pleito.

"O processo permite ao partido encontrar seu discurso. Há uma discussão: qual o melhor discurso para a oposição? Qual o melhor discurso para o PSDB? Numa disputa de eleições primárias teremos auditório para o debate e certamente encontraremos o nosso discurso e a proposta que devemos oferecer ao País", afirmou o senador em entrevista exclusiva à Agência Estado.

Questionado se lançaria seu nome como pré-candidato do partido, o senador esquivou-se de uma resposta direta. "Eu não lançaria o meu nome. Claro que se fosse convocado eu não fugiria à responsabilidade. A candidatura é de tal responsabilidade que não pode ser consequência de uma ambição pessoal. Tem que ser uma convocação", analisou.

Atualmente, o único nome cogitado no partido para concorrer à Presidência da República é o do senador mineiro Aécio Neves. Dias não considera acertada a estratégia de lançar um nome para uma disputa desse porte com tanta antecedência. "Não considero adequado antecipar-se muito. Entendo que o partido não deveria propor um nome agora, tem primeiramente que definir o modelo e o processo de escolha do candidato, democratizando-o", propôs.


O senador afirmou ainda que enviou um projeto que regulamentaria a realização de primárias dentro dos partidos. Nesse projeto que, segundo ele, já passou pela Comissão de Justiça do Senado, os partidos que adotarem primárias teriam alguns privilégios. "Eles possuem autonomia, mas se optarem pelas primárias terão vantagens como a antecipação da campanha eleitoral de maneira legal num proselitismo que chega antes", disse. "Atualmente, os partidos são siglas para registro de candidatura", emendou.

Críticas

O senador Álvaro Dias criticou a gestão de Dilma Rousseff dizendo que o governo está "paralisado". Na opinião de Dias, a atual aprovação popular à presidente, na casa dos 70%, não se sustenta. "Imaginar que essa popularidade se sustente é subestimar a inteligência das pessoas. Até aqui, é um governo totalmente paralisado", disse. O senador citou o exemplo da greve nas universidades federais para exemplificar qual seria o modelo de administração que Dilma segue. "Foram criadas universidades no papel, criadas eleitoralmente, sem estrutura, apenas o esqueleto. O resultado está aí, essa greve das federais", apontou. "O modelo de gerenciamento (de Dilma) é um desastre", disse.

Outro ponto destacado pelo senador é a corrupção. Para ele, desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) há uma conivência com a corrupção. "A queda dos ministros (na atual gestão) não foi feita por vontade da presidente. Ocorreu por denúncias fortes", afirmou.

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