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"Dia normal", diz Temer sobre julgamento de Lula no país

Presidente indicou que não espera que os mercados terão um dia de turbulência por conta de uma eventual condenação do petista

Michel Temer, sobre o julgamento de Lula: "não vai causar mal-estar nenhum. É natural" (André Coelho/Bloomberg/Bloomberg)

Michel Temer, sobre o julgamento de Lula: "não vai causar mal-estar nenhum. É natural" (André Coelho/Bloomberg/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 10h38.

Davos, Suíça - "Dia normal". Foi assim que o presidente Michel Temer qualificou a situação do Brasil, mesmo diante do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 24.

Depois de sua participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, Temer indicou que não espera que os mercados terão um dia de turbulência por conta de uma eventual condenação.

"Não acredito", disse Temer, sobre a possibilidade de uma instabilidade nos mercados. "Dia normal", insistiu. Em seu discurso diante de empresários em Davos, o emedebista voltou a indicar que as instituições no Brasil se beneficiam de autonomia.

A participação de Temer no evento com líderes na Suíça, porém, coincide com o julgamento do ex-presidente, em Porto Alegre.

Ainda que empresários e organizadores tenham declarado ao jornal O Estado de S. Paulo que estarão com um olho em Davos e outro no tribunal brasileiro, Temer insiste que não há risco de "mal-estar".

"Não acredito que isso ocorra. Não vai causar mal-estar nenhum. É natural", disse, ao entrar no hotel em que está hospedado em Zurique.

"Isso significa que as instituições brasileiras estão funcionando e funcionando com toda a tranquilidade, o que naturalmente da muita segurança para quem quer investir no País", defendeu Temer.

Em seu discurso diante de empresário no Fórum Econômico de Davos, ele insistiu que está "transformando" o Brasil e não deixou de atacar governos passados, alertando para o populismo econômico e lembrando aos executivos que "herdou" uma crise.

"Sei que muitos podem estar se perguntando se continuaremos nesse caminho; se nossa jornada não estaria ameaçada pelas eleições que se avizinham no Brasil. Permitam-me dizer-lhes, sem rodeios e com convicção: completaremos nossa jornada", garantiu.

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