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DF remove acampamento de apoiadores de Bolsonaro no Planalto

Uma das líderes do movimento é a ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter. Ela disse que a militância bolsonarista foi "destruída"

300 do Brasil: Insatisfeitos, os acampados cobraram nas redes sociais que o presidente Jair Bolsonaro reaja à operação de desmontagem (Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo)

300 do Brasil: Insatisfeitos, os acampados cobraram nas redes sociais que o presidente Jair Bolsonaro reaja à operação de desmontagem (Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de junho de 2020 às 17h29.

Última atualização em 15 de junho de 2020 às 09h39.

O governo do Distrito Federal informou ter removido o acampamento bolsonarista "300 do Brasil" neste sábado, dia 13, por causa das medidas restritivas decretadas durante a pandemia do novo coronavírus. Insatisfeitos, os acampados cobraram nas redes sociais que o presidente Jair Bolsonaro reaja à operação de desmontagem, realizada pela manhã.

As secretarias de Segurança Pública e DF Legal (Proteção da Ordem Urbanística) afirmaram ter atuado com o respaldo do decreto distrital que "proíbe aglomerações com mais de 100 pessoas em eventos que demandem a autorização prévia do governo".

O decreto número 40.509/20 foi assinado em março pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Ele foi xingado pelos manifestantes removidos hoje. Além disso, as secretarias ressaltaram que o grupo ocupava área pública na Esplanada dos Ministérios, "o que não é permitido".

Os agentes de segurança agiram, segundo o governo, em apoio aos servidores do DF Legal para desmontar os "acampamentos irregulares". "Houve diversas tentativas de negociação para a desocupação da área, mas, infelizmente, não houve acordo. Os acampamentos foram desmontados sem confronto", informaram as pastas.

O grupo "300 do Brasil" protestava frequentemente contra os demais poderes - Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) — e a favor do presidente Jair Bolsonaro. Eles estavam acampados na Esplanada dos Ministérios há mais de um mês e travavam uma disputa judicial com o Ministério Público para permanecer no local.

Diante da suspeita de que portassem armas e das restrições a aglomerações determinadas para evitar o aumento de casos de covid-19, o MP do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu a remoção do acampamento na Justiça, o que foi negado.

A assessoria de imprensa do MPDFT disse que a operação do governo não tem relação direta com o pedido feito ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Uma das líderes do movimento é a ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter. Ela disse que a militância bolsonarista foi "destruída" e relatou "agressões".

Ex-ocupante de cargo de confiança no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, chefiado pela ministra Damares Alves, Sara é investigada pela Polícia Federal no inquérito judicial das fake news, em curso no Supremo.

Invasão no Congresso

Depois de ter o acampamento desmontado, o grupo invadiu a parte de cima da cúpula do Congresso, pelo lado do Senado Federal, onde é proibido o acesso ao público. Eles ficaram na cúpula por 30 minutos. Depois, ocuparam o gramado em frente ao espelho d'água do Congresso.

Os manifestantes bolsonaristas protestaram contra os demais poderes em Brasília. Winte protestou no Twitter. "Hoje às 6 (horas) da manhã a PMDF junto à Secretaria de Segurança desmantelou baixo (sic) gás de pimenta e agressões. Barracas, geradores, tendas, tudo tomado à força! A militância bolsonarista foi destruída hoje. Presidente, reaja!"

Os militantes governistas se dirigiram às proximidades do Congresso Nacional, onde encontraram um grupo que se manifestava em favor do impeachment do presidente e em homenagem a profissionais de saúde. Houve provocações.

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