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DF promete quitar até junho pagamento de servidores

Representantes do governo se comprometeram a quitar pagamentos de servidores de saúde e educação até junho


	Distrito Federal: pagamentos de férias e horas extras da área de saúde serão parcelados entre janeiro e março
 (Zel Nunes/Creative Commons)

Distrito Federal: pagamentos de férias e horas extras da área de saúde serão parcelados entre janeiro e março (Zel Nunes/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 20h09.

Brasília - Representantes do governo do Distrito Federal se sentaram hoje (15) com vários sindicatos de profissionais da Saúde e apresentaram uma proposta de parcelamento dos valores ainda pendentes aos servidores, 99% deles da área de saúde e da educação.

Após negociação que durou cerca de três horas e meia, o governo se comprometeu a quitar os pagamentos ainda em atraso até junho.

Os pagamentos de férias e horas extras da área de saúde serão parcelados entre janeiro e março.

O décimo terceiro salário, entre outros pagamentos, serão quitados entre abril e junho. A proposta, no entanto, será discutida nas assembleias de profissionais da saúde.

Os salários atrasados foram todos pagos esta semana.

De acordo com o chefe da Casa Civil do DF, Hélio Doyle, o governo esticou a corda até o máximo.

“É o limite do governo. Pessoalmente, me surpreendeu, porque está um pouco além do que seria razoável, mas a gente achou importante dar essa sinalização de pagar até junho, embora force um pouco o caixa”.

Doyle espera ainda que as categorias que estão em greve voltem ao trabalho amanhã. O Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde do Distrito Federal (Sindsaúde) fará assembleia amanhã (16) às 10h para decidir se aceita ou não a proposta feita hoje pelo governo e volta ao trabalho.

Vários profissionais da saúde estão em greve desde sexta-feira (9), incluindo médicos e enfermeiros.

Marli Rodrigues, presidenta do Sindsaúde, considera que houve avanço no cenário, mas não adianta se a categoria vai ou não aceitar a proposta da reunião de hoje. “O governo reconheceu a dívida, e antes não tinha uma data de pagamento.

Então, avançou nesse sentido. Hoje, temos uma data de pagamento e em que condições o governo vai pagar. A categoria vai avaliar a proposta em assembleia e vai tomar uma decisão”

Inicialmente, o governo propôs o parcelamento dos pagamentos de férias de servidores que tiraram férias em dezembro – período utilizado por grande parte dos funcionários da educação – o décimo terceiro salário, ainda não pagos a alguns servidores, as horas extras dos servidores da saúde e o chamado “resíduo”, que são licenças indenizadas e outros pagamentos que não se enquadram nos anteriores.

As férias e o décimo terceiro salário seriam parcelados em três vezes, com os pagamentos de férias começando no final de janeiro e o décimo terceiro no final de abril.

As horas extras da saúde e os residuais seriam parcelados em duas vezes, sendo que o primeiro iniciando no final de julho e os residuais em setembro.

Houve impasse quanto aos parcelamentos. Representantes de sindicatos manifestaram contrariedade em receber pagamentos até outubro. Eles, então, reuniram-se reservadamente por uma hora e formularam outra proposta, de receber o décimo terceiro e férias em janeiro de fevereiro e os demais pagamentos seriam parcelados de janeiro a junho. Foi a vez do governo se reunir e, então, apresentar sua segunda proposta, aquela que será levada pelos sindicatos aos trabalhadores.

Os sindicatos de servidores da educação, convidados à reunião, não participaram das negociações. Doyle, junto com secretários de governo, terão amanhã (16) a mesma conversa. O chefe da Casa Civil, no entanto, adiantou que os servidores da educação receberão a mesma proposta finalizada hoje. “Chegamos ao limite”, reiterou Doyle.

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