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DF passa a usar formulário digital para doação de órgãos

De acordo com a coordenadora de Transplantes, Daniela Salomão, a ideia é facilitar o procedimento e ampliar o aproveitamento de órgãos

Hospital: dados da secretaria de saúde indicam que, nos primeiros três meses deste ano, 60 pacientes com morte cerebral foram considerados potenciais doadores (sxc.hu)

Hospital: dados da secretaria de saúde indicam que, nos primeiros três meses deste ano, 60 pacientes com morte cerebral foram considerados potenciais doadores (sxc.hu)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 14h04.

Brasília – A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF) informou que vai passar a utilizar um formulário digital para agilizar a doação de órgãos de pacientes com morte cerebral. O formulário já está disponível no site. Até então, o documento precisava ser retirado na Central de Transplantes.

De acordo com a coordenadora de Transplantes, Daniela Salomão, a ideia é facilitar o procedimento e ampliar o aproveitamento de órgãos. “Antes, a gente tinha que pegar o formulário e ir onde a família estava, às vezes, bastante distante do local onde o paciente estava. Mesmo com a família nos dizendo que queria efetuar a doação, a gente não podia fazer o procedimento porque precisava da assinatura e perdíamos esse tempo todo de deslocamento”, explicou.

Daniela lembrou que, em casos de doação de órgãos, a legislação atual exige a assinatura de dois parentes de até 2º grau e de duas testemunhas, além da comprovação da identidade de cada um por meio de documento oficial com foto. Sendo assim, o formulário digital deverá ser impresso, assinado em uma delegacia ou hospital mais próximo e encaminhado via fax para a secretaria de saúde, acompanhado de cópias dos documentos dos parentes e testemunhas.

Segundo a coordenadora, a quantidade de pacientes internados em hospitais do DF e com família provenientes de estados do Norte e Nordeste é grande, o que dificultava a assinatura do formulário para autorizar a doação de órgãos. “Isso imposibilitava a doação, porque a gente não tinha como ir [até os estados]”, disse.

Dados da secretaria de saúde indicam que, nos primeiros três meses deste ano, 60 pacientes com morte cerebral foram considerados potenciais doadores, mas apenas em 14 casos houve a doação de órgãos. A expectativa é que o formulário digital contribua para melhorar os índices de doação.

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