Brasil

Deve ser uma paixão cega, diz deputado sobre Cunha e truste

Marchezan questionou qual seria a origem do depósito de R$ 5 mi que teriam sido enviados ao truste na Suíça e que, segundo ele, não foram declarados no Brasil


	Cunha: em embate direto com Cunha, Marchezan brincou dizendo que "se o truste fosse uma mulher, seria maravilhosa"
 (Valter Campanato / Agência Brasil)

Cunha: em embate direto com Cunha, Marchezan brincou dizendo que "se o truste fosse uma mulher, seria maravilhosa" (Valter Campanato / Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 13h50.

Brasília - Durante o depoimento de Eduardo Cunha (PMDB-RS), dado nesta quinta-feira, 19, ao Conselho de Ética da Câmara, o deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) pediu que o peemedebista "renuncie ao cargo" de presidente da Câmara e "deixe de influenciar o governo Michel Temer", sob pena de ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em embate direto com Cunha, Marchezan brincou dizendo que "se o truste fosse uma mulher, seria maravilhosa". "Deve ser uma paixão cega, por colocar tanto volume de recursos e não controlá-lo."

"Truste não é uma mulher bonita, ele foi criado na Convenção de Haia, tem trilhões de dólar pelo mundo. A palavra quer dizer confiança, ele é transparente", rebateu Cunha.

Marchezan questionou qual seria a origem do depósito de R$ 5 milhões que teriam sido enviados ao truste na Suíça e que, segundo ele, não foram declarados no Brasil.

"Parece a todos nós uma simulação, tudo leva a crer que a truste é simulação para esconder recursos de origem não lícita", acusou o tucano. Segundo ele, Cunha não consegue esclarecer como foi constituído o truste.

O presidente afastado da Câmara disse que Marchezan fez a sua pergunta lastreada em matérias jornalísticas e que "nem tudo que se publica é verossímil".

Ele se negou a responder a pergunta novamente por dizer que ela não estava baseada na representação do PSOL e da Rede contra ele.

"Vim aqui para um momento processual de um processo. Como depoente, tenho que me restringir ao que será usado no julgamento de vocês", afirmou.

Sobre a acusação de que Cunha teria um dossiê de parlamentares para ameaçá-los, Cunha negou e disse que não veio ao Conselho de Ética para constranger ninguém.

"Não veio da minha boca ameaças a quem quer que seja. Quando eu estiver algo contra alguém, não usarei o Conselho de Ética", declarou.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosPolíticos brasileirosPolítica no BrasilMichel TemerMDB – Movimento Democrático BrasileiroEduardo CunhaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Bolsonaro tem crise de soluço e passa por atendimento médico na prisão da PF

Senado vai votar PL Antifacção na próxima semana, diz Davi Alcolumbre

Entrega de 1ª escola de PPP de SP deve ser antecipada para início de 2026

Após prisão, PL suspende salários e atividades partidárias de Bolsonaro