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Desvio de empresas de Maluf constrói 20 creches, diz Haddad

Na noite dessa quinta-feira, o Tribunal de Jersey rejeitou recursos da defesa do deputado e a devolução de R$ 56 milhões deverá ser feita até junho para a prefeitura de SP

O prefeito de São Paulo Fernando Haddad durante visita a obras da Arena Corinthians, o Itaquerão (Marcelo Camargo/ABr)

O prefeito de São Paulo Fernando Haddad durante visita a obras da Arena Corinthians, o Itaquerão (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 08h43.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira que os cerca de R$ 56 milhões a serem devolvidos pelas empresas ligadas ao deputado Paulo Maluf (PP) à Prefeitura de São Paulo são suficientes para a construção de 20 creches.

Na noite dessa quinta-feira, 11, o Tribunal de Jersey rejeitou recursos da defesa e o repasse do valor definido pela sentença deverá ser feito até junho.

Em entrevista à Rádio Estadão, Haddad comentou a decisão. "Não tem a ver com valor, tem a ver com Justiça. Hoje você tem que tomar procedimentos todo dia para coibir qualquer tipo de abuso. Não estou aqui para julgar ninguém. Estou aqui para usar o recurso público em benefício do público", afirmou.

O prefeito disse que o recurso é baixo se comparado ao orçamento municipal, mas ao usar o exemplo da construção de creches afirmou que o dinheiro pode beneficiar até 4 mil pessoas. "Não é pouca coisa, não."

O Tribunal de Jersey entendeu que duas empresas no exterior ligadas a Maluf fora usadas para desviar dinheiro de obras públicas da administração municipal.

O deputado foi prefeito de São Paulo entre 1993 e 1996. Para a Corte, Maluf sabia que a origem do dinheiro depositado nas contas das empresas era irregular.

O desvio, ocorrido em 1998, teria sido de US$ 10,5 milhões. Em razão das correções e multas, o valor a ser ressarcido à Prefeitura foi estipulado em US$ 28,3 milhões (cerca de R$ 56 milhões).

Por meio de sua assessoria, o deputado informou apenas que seu nome não consta no processo e que as empresas vão apelar à Corte Suprema de Londres.

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