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Destroços de avião que caiu em São Paulo são retirados; avenida é liberada após oito horas

Advogado de 49 anos e piloto morreram carbonizados no acidente na Zona Oeste da capital paulista

Acidente aéreo: avião cai na Zona Oeste de São Paulo e deixa mortos e feridos (NELSON ALMEIDA/AFP)

Acidente aéreo: avião cai na Zona Oeste de São Paulo e deixa mortos e feridos (NELSON ALMEIDA/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 17h12.

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Os destroços do avião de pequeno porte que caiu na manhã desta sexta-feira, 7, na Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, foram removidos. A Avenida Marquês de São Vicente, onde a aeronave caiu próximo a um ônibus às 7h20, foi liberada para o trânsito pouco depois das 15h, cerca de oito horas após a interdição.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente deixou dois mortos e sete feridos. As vítimas fatais são o empresário e advogado gaúcho Márcio Louzada Carpena, de 49 anos, e o piloto Gustavo Medeiros.

Momento do acidente

A aeronave era um bimotor King Air F90, com capacidade para oito pessoas. O avião decolou com Carpena e o piloto pela manhã do Aeroporto do Campo de Marte, na Zona Norte. A torre de controle do aeroporto perdeu contato com a aeronave às 7h16, poucos minutos após a decolagem.

Vídeos registraram o momento da queda, mostrando que o avião atingiu uma árvore antes de explodir no asfalto. Os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados dentro da aeronave. Segundo o capitão dos Bombeiros Ronaldo de Melo, um dos corpos estava na parte da frente e o outro na parte de trás do avião.

A aeronave pertencia a Márcio Carpena e havia sido comprada em 11 de dezembro do ano passado. Na manhã de quinta-feira (1), ele postou uma foto no Instagram informando que viajaria de São Paulo para Porto Alegre.

Feridos e atendimentos

Sete pessoas com ferimentos leves foram socorridas pelas equipes de resgate. Entre elas, estavam uma mulher que estava dentro do ônibus atingido e um motociclista que passava pelo local.

A mulher foi levada ao Pronto-Socorro Municipal de Santana e está estável.
O motociclista recebeu atendimento no Pronto-Socorro da Barra Funda, teve ferimentos no braço e já recebeu alta.
A Viação Santa Brígida, concessionária responsável pelo ônibus, informou que o motorista do veículo teve um mal súbito após ajudar os passageiros. Ele foi encaminhado ao hospital, mas seu estado de saúde não foi divulgado.

Apesar do impacto, o ônibus não estava lotado, pois seguia para um bairro, e não para a região central da cidade. A linha 8500, onde o acidente ocorreu, fazia o trajeto do Terminal Barra Funda para o Terminal Pirituba.

Testemunhas relatam o acidente

O acidente atraiu curiosos, preocupados com o fato de ter ocorrido próximo a um ponto de ônibus.

O motorista Giovani de Noronha estava perto do local e viu o outro motorista de ônibus tentar apagar as chamas, sem sucesso.

“Elton Santos”, motociclista que estava tomando um café no momento do acidente, contou que viu uma “bola de fogo” se formar quando o avião bateu no chão.

“Na hora que bateu, o avião começou a pegar fogo. O pessoal que estava no ponto correu para o outro lado. O ônibus ainda veio com a traseira em chamas até parar”, relatou.

Cenipa investiga as causas

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) abriu uma investigação para determinar as causas do acidente.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, confirmou o acidente pelas redes sociais, destacando que o Corpo de Bombeiros controlou as chamas rapidamente.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) lamentou a tragédia e afirmou que disponibilizou todas as estruturas de atendimento às vítimas, incluindo equipes da Defesa Civil, SAMU e agentes de trânsito.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também lamentou o ocorrido e destacou a rápida atuação dos bombeiros, que evitou danos ainda maiores.

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que acionou investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) para analisar os detalhes do caso.

“Na ação inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado, que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos e a verificação inicial de danos”, informou a FAB.

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