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Destino paradisíaco, Arraial do Cabo está contaminado por esgoto

As praias foram poluídas porque uma tubulação que recolhe a água da chuva e leva até a lagoa do Parque Público se rompeu durante tempestade

Arraial do Cabo: duas praias já foram liberadas para uso (Montagem/Exame)

Arraial do Cabo: duas praias já foram liberadas para uso (Montagem/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 18h24.

Última atualização em 31 de janeiro de 2019 às 18h26.

Rio de Janeiro — Duas das quatro praias de Arraial do Cabo, município da região dos Lagos fluminense, no Rio de Janeiro, que estavam impróprias para banho desde a última sexta-feira (25) foram liberadas nesta quarta (30): a praia do Forno e as prainhas do Pontal do Atalaia já podem ser usadas pelos banhistas. A Prainha e a Praia dos Anjos continuam impróprias.

Essas quatro praias foram poluídas porque uma tubulação que recolhe a água da chuva e leva até a lagoa do Parque Público se rompeu durante tempestade que atingiu Arraial do Cabo no dia 25.

Embora a tubulação seja feita para a água da chuva, recebe grande quantidade de esgoto, por meio de ligações clandestinas.

Com o rompimento, a água poluída da lagoa se espalhou primeiro pela Praia dos Anjos e em seguida por outras vizinhas.

Praias consideradas paradisíacas, como as prainhas do Pontal do Atalaia, ficaram com água escura, totalmente diferente do habitual.

Na quarta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) impetrou ação civil pública contra a prefeitura de Arraial do Cabo, a Empresa de Saneamento de Arraial do Cabo (Esac), a Prolagos S/A Concessionária de Serviços Públicos de Água e Esgoto e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

O órgão cobra medidas para impedir maiores danos ambientais após o vazamento de esgoto nas praias de Arraial.

O MPF requisitou ao município que apresente relatório sobre os danos ambientais causados pelo rompimento da tubulação, apontando os responsáveis pela manutenção e o estado de conservação da rede como um todo, além de adotar medidas para impedir novos rompimentos.

https://twitter.com/mayaravilhosa7/status/1089943751609462786

Também foi pedido que, no prazo de cinco dias, sejam instaladas placas informativas nas praias informando as condições de balneabilidade e eventuais riscos para a saúde humana.

Em nota emitida na última segunda-feira (29), a Prolagos informou que "em Arraial do Cabo, um dos pontos mais prejudicados foi a Prainha, que em função do rompimento da rede de drenagem pluvial, sob responsabilidade da prefeitura, recebeu a água represada na lagoa do Parque Público".

A nota continua: "Em atendimento à solicitação da prefeitura, a Prolagos coletou amostras de água na Prainha e Praia dos Anjos na tarde desta segunda-feira. A amostra será enviada para um laboratório credenciado pelo Inea, que vai analisar a suspeita de contaminação causada pela descarga da rede de drenagem pluvial causada pelo excesso de chuva na sexta-feira à noite. O resultado deverá sair em 20 dias e será encaminhado para a prefeitura".

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