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Deslizamento de barreira mata sete pessoas em Recife

Cinco pessoas, entre elas uma criança de nove anos e um bebê de dois meses - são da mesma família

Acidente: Em nota, os Bombeiros informaram que não é possível determinar as causas do acidente (TV Globo/Reprodução)

Acidente: Em nota, os Bombeiros informaram que não é possível determinar as causas do acidente (TV Globo/Reprodução)

AO

Agência O Globo

Publicado em 24 de dezembro de 2019 às 10h12.

Última atualização em 24 de dezembro de 2019 às 15h46.

Rio — Deslizamento de terra matou sete pessoas — cinco delas da mesma família — na Zona Norte de Recife, na madrugada desta terça-feira. Entre as vítimas que morreram no local estão três adultos — de 19, 25 e 50 anos — uma criança de nove anos e um bebê de dois meses. Após oito horas de buscas, e com a ajuda de cães treinados, os bombeiros encontraram no final da manhã os corpos de mais duas mulheres que estavam desaparecidas.

— Eu recebi uma ligação da minha mulher, durante o trabalho, falando que meu filho, minha nora e meu neto morreram. Não tenho nem palavras. Acabou o Natal da gente — disse Sandoval dos Santos, de 50 anos.

O Corpo de Bombeiros informou que duas casas foram atingidas, uma delas foi completamente destruída. Três pessoas ficaram feridas.

— Quando cheguei, a casa estava destruída. Entrei em desespero. Começamos a cavar e tirar os destroços de cima — contou Marco Antônio, vizinho das vítimas que ajudou no resgate ao G1.

Em nota, os Bombeiros informaram que não é possível determinar as causas do acidente. No momento do deslizamento não chovia no local. Moradores relataram que dois canos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) existentes no local estouraram e o vazamento, iniciado às 2h, teria feito a barreira deslizar 55 minutos depois.

— Pode ter havido o rompimento. O abastecimento de água da região realmente aconteceu ontem (segunda), mas o rompimento não foi causado pelo rodízio. Estava sendo abastecido no momento do desastre — declarou o gerente da região leste da Compesa, Aprígio Cunha, ao G1.

O gerente ainda informou que, apesar da possibilidade, não há registro de vazamentos no sistema da Compesa na área do deslizamento.

— Não temos nenhum registro de vazamento pendente nessa área. A tubulação está numa profundidade que não dá para detectar se teve ou não vazamento. Estamos fazendo uma vistoria com a Defesa Civil para dizer o que realmente aconteceu. Desde 3h30, fomos acionados e estamos com equipe técnica para ver o que realmente aconteceu — disse ao G1.

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