Brasil

Desigualdade continua a cair em 2014, diz governo

Segundo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, este ano já registra a maior queda na desigualdade dos últimos 10 anos


	Favela: desigualdade não pode ser medida só pela renda, diz ministra Tereza Campello
 (Pilar Olivares/Reuters Brazil)

Favela: desigualdade não pode ser medida só pela renda, diz ministra Tereza Campello (Pilar Olivares/Reuters Brazil)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 17h06.

Brasília - Os ministros da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, e de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campelo, afirmaram nesta quinta-feira, 18, que a interrupção na queda da desigualdade de renda constatada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) referente a 2013 já foi superada.

Segundo Neri, este ano já registra a maior queda na desigualdade dos últimos 10 anos.

Com base na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), feita pelo IBGE, ele disse que a desigualdade tem caído a 0,1 ponto ao mês no índice de Gini em 2014 e a expectativa é que a queda seja de 1,2 ponto.

A PNAD é feita pelo IBGE anualmente e colhe dados referentes a todo o país.

A PME é feita mensalmente com dados das regiões metropolitanas de Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife.

Questionado sobre a validade da comparação entre pesquisas com metodologias diferentes, o ministro afirmou que a PME é confiável porque "antecipou todas as quedas de desigualdade no Brasil" e eventos como a crise asiática, na década de 1990.

"É um excelente indicador antecedente", disse.

A ministra Tereza Campello, por sua vez, rebateu os dados da PNAD dizendo que "a questão da desigualdade não pode ser medida só pela renda", que é o fator considerado no cálculo do índice de Gini.

"Se a gente olhar a desigualdade como acesso a um conjunto de bens e direitos, a desigualdade vem caindo."

Ela afirmou que é preciso levar em conta que programas do governo federal, como o Mais Médicos, diminuíram, segundo sua avaliação, a desigualdade no acesso à saúde.

Acompanhe tudo sobre:EstatísticasIBGEPNADrenda-pessoal

Mais de Brasil

Horário de verão vai voltar? Entenda a recomendação de comitê do governo e os próximos passos

PF investiga incêndios criminosos no Pantanal em área da União alvo de grilagem usada para pecuária

Nunes tem 26,8%, Boulos, 23,7%, e Marçal, 21%, em SP, diz Paraná Pesquisas

Mancha de poluição no rio Tietê cresce 29% em 2024, 3ª alta anual consecutiva