Brasil

Desfile de escolas de samba em 2018 está garantido, diz Crivella

Após diminuir a verba para as escolas, Crivella declarou que a prefeitura se concentrará na captação de verbas para a festa com a iniciativa privada

Carnaval: a Liesa chegou a anunciar a suspensão do desfile em 2018 (Tata Barreto/ Riotur/Fotos Públicas)

Carnaval: a Liesa chegou a anunciar a suspensão do desfile em 2018 (Tata Barreto/ Riotur/Fotos Públicas)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de junho de 2017 às 15h40.

O desfile das escolas de samba do carnaval carioca no ano que vem está garantido, mesmo com cortes de 50% do patrocínio da prefeitura, afirmou hoje (28) o prefeito Marcelo Crivella, após encontro com o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, e presidentes das 13 escolas do Grupo Especial.

A Liesa chegou a anunciar a suspensão do desfile em 2018, após o corte de recursos.

Crivella disse que garante R$ 1 milhão de subvenção a cada agremiação para o desfile de 2018, metade do que era dado em anos anteriores.

Segundo ele, a prefeitura vai se concentrar na captação de verbas para a festa com a iniciativa privada.

"Vou lutar muito para conseguir os recursos para o carnaval. Hoje, demos o primeiro passo para um acordo. Fundamos o bloco 'É conversando que a gente se entende'", disse Crivella, que marcou nova reunião com a Liesa para a próxima segunda-feira (3).

"O importante é que vai ter carnaval, é uma atividade importante para o Rio de Janeiro, há muita gente envolvida nesse trabalho, é tradicional. Há uma crise tremenda, não posso envolver recursos públicos, mas, se Deus quiser, vamos encontrar caminhos para resolver os problemas."

Crivella afirmou ainda que investirá na melhoria do Sambódromo, com substituição da iluminação para lâmpadas de led, instalação de telões e outros reparos estruturais.

A reforma dos 36 banheiros coletivos e dos assentos das arquibancadas custará R$ 1,1 milhão, de acordo com o orçamento feito pela Riourbe, após vistoria realizada há 15 dias.

No carnaval deste ano, a prefeitura teve um gasto de R$ 19 milhões com toda a operação, além do pagamento de subvenção às escolas.

A secretária Municipal de Fazenda, Maria Eduarda Gouvêa Berto, fez apresentação sobre o desafio fiscal da atual gestão, com um déficit no orçamento de R$ 3,8 bilhões e a queda no nível de emprego no município.

Logo em seguida, o presidente da Riotur, Marcelo Alves, exaltou o potencial comercial do carnaval e disse que tem três projetos para apresentar à Liesa.

De acordo com Jorge Castanheira, a Liesa espera ainda a reavaliação da prefeitura em relação ao percentual de corte.

"Trouxemos nossas reivindicações para a prefeitura, em razão de o carnaval já ter iniciado para nós e as escolas já terem contratado todas as suas equipes. Em função disso, o prefeito está avaliando junto com a Riotur qual modelo poderia ser sugerido para que o carnaval não deixasse de ter o mesmo impacto positivo para a cidade do Rio de Janeiro, o mesmo brilho e a mesma qualidade", disse Castanheira.

"O prefeito se mostrou sensível a essa reivindicação. Poderemos ter uma solução na segunda-feira."

O presidente da Liesa adiantou que o preço dos ingressos do desfile será mantido, pelo sexto ano consecutivo, sem reajustes.

Acompanhe tudo sobre:CarnavalEscolas de sambaMarcelo CrivellaRio de Janeiro

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso