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Desespero do PT com Marina sacrifica aliados, diz Jarbas

No último programa da TV, a campanha de Dilma Rousseff comparou Marina a Collor e Jânio Quadros


	Marina Silva: peça petista questionou capacidade de Marina de reunir apoio político no Legislativo
 (Nacho Doce/Reuters)

Marina Silva: peça petista questionou capacidade de Marina de reunir apoio político no Legislativo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 17h29.

Brasília - O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) afirmou nesta quarta-feira, em discurso da tribuna da Casa, que o PT, desesperado com avanço de Marina Silva na corrida presidencial, não poupa nem os aliados.

No último programa da TV, a campanha de Dilma Rousseff comparou Marina a Collor e Jânio Quadros, presidentes que tiveram problemas políticos para governar e não encerraram os mandatos.

Usando imagens de Jânio - a referência ao afastamento de Collor aparece num jornal da época -, a peça petista questionou a capacidade de Marina de reunir apoio político no Legislativo para governar.

"Em épocas de desespero o PT não poupa nem seus aliados. Collor é aliado de primeira hora dos governos petistas de Lula e Dilma. Não deixa de ser uma lorota e uma atitude de ingratidão e autofagia na medida em que, com o intuito de ganhar a eleição presidencial a todo custo, sacrifica um aliado que é candidato à reeleição para o Senado", disse Jarbas, defensor da candidatura presidencial de Marina.

Jarbas disse ter ficado estarrecido com a "performance" de um senador do PT ontem, que, segundo ele, "agrediu a candidata de forma leviana, irresponsável e chula". Era uma referência a Humberto Costa (PE), líder petista do Senado, que em duro discurso chamou Marina de "FHC de saias".

Segundo o senador do PMDB, a campanha de Dilma apresentou a candidata do PSB como a "Salvadora da Pátria", sugerindo que pode ocorrer com ela o mesmo que Jânio e Collor. Jarbas ressaltou que Marina pode vencer no primeiro turno.

"Não se trata aqui de promover salvadores da pátria, trata-se de promover mudanças com responsabilidade, compromisso e respeito ao povo brasileiro. O governo petista não tem capacidade para encontrar novas soluções para problemas que se arrastam há uma década. Contudo, para um governo que se transformou numa seita fundamentalista, com dificuldades em aceitar o contraditório, é difícil admitir que há muito tempo frustrou as expectativas dos brasileiros e que o país não aguenta mais quatro anos de tudo isso que está aí", criticou.

Para Jarbas, o PT e seus aliados "não têm limites para o enfrentamento político".

"Mentem, de forma abusiva e irritante. Ameaçam as pessoas e as instituições", afirmou.

"A candidata Dilma Rousseff não tem o menor constrangimento em mentir e mistificar. De certo não se pode esperar postura diferente de uma presidente que confessa: "Nós podemos fazer o diabo quando é a hora da eleição!"

O peemedebista disse que o comportamento do PT é repetitivo, como ocorreu nas campanhas de 2006, ao dizer que o tucano Geraldo Alckmin iria privatizar a Petrobras, e em 2006, quando inventaram que José Serra iria acabar com o Bolsa Família.

Jarbas afirmou que, apesar de toda "invencionice" sobre Marina, o eleitor amadureceu e está vacinado contra as estratégias eleitoreiras desleais do Partido dos Trabalhadores.

"Nada, absolutamente nada, vai fazer o povo brasileiro deixar de votar pelas mudanças. Nada, absolutamente nada, vai impedir os brasileiros e brasileiras de mandarem Dilma, o PT e seus aliados para a oposição, na eleição de 5 de outubro próximo", concluiu.

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