Brasil

Desativação do Campo de Marte depende de alternativas

De acordo com o ministro da Aviação Civil, a desativação do aeroporto, como gostaria a prefeitura, depende de alternativas de oferta para a aviação executiva


	Avião em aeroporto Campo de Marte: a Prefeitura de São Paulo tem planos de limitar o uso do Campo de Marte, tornando-o um heliporto
 (Peter Louiz/ Wikimedia Commons)

Avião em aeroporto Campo de Marte: a Prefeitura de São Paulo tem planos de limitar o uso do Campo de Marte, tornando-o um heliporto (Peter Louiz/ Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 17h00.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, se reuniram nesta quinta-feira, 13, para discutir uma estratégia para a utilização do Campo de Marte.

De acordo com o ministro, a desativação do aeroporto, como gostaria a prefeitura, depende de alternativas de oferta para a aviação executiva. Moreira Franco lembrou que existem três projetos de aeroportos em discussão para atender a região metropolitana de São Paulo.

O mais avançado deles, em São Roque, já possui as licenças ambientais junto à prefeitura regularizada, disse, referindo-se a um projeto da construtora JHSF para a aviação executiva. O ministro lembrou também do projeto "em discussão" para um aeroporto executivo em Parelheiros, próximo ao Rodoanel, e do projeto do terceiro aeroporto comercial de São Paulo, em Caieiras.

"Com a alternativa desses três aeroportos, podemos pensar na desativação do aeroporto Campo de Marte para aviões, e certificando ele exclusivamente para helicópteros. Se nós não tivermos uma alternativa de oferta para cumprir a obrigação de garantir conforto, segurança e tranquilidade, não podemos pensar em desativar", disse.

Moreira Franco destacou que esse foi o entendimento que foi acordado entre a prefeitura de São Paulo, a SAC e a Infraero. O presidente da estatal, Gustavo do Vale, também participou da reunião.

A Prefeitura de São Paulo tem planos de limitar o uso do Campo de Marte, tornando-o um heliporto, com o objetivo de viabilizar a construção dos prédios do Arco do Futuro, projeto urbanístico que foi promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad, uma iniciativa que visa reequilibrar o desenvolvimento econômico e social da cidade, estimulando a criação de empregos na região.

Com a movimentação apenas de helicópteros, seria dispensado o espaço reservado para aproximação dos aviões (conhecido como "cone") e a ocupação da vizinhança do aeroporto passaria a ser mais flexível.

"Cabe ao poder municipal a definição adequada da ocupação e uso de solo, toda cidade tem o seu plano diretor, que define de que maneira o crescimento da cidade se dará e de que forma as áreas serão ocupadas e destinadas às atividades comerciais, aeroportuárias, e nós entendemos isso", comentou o ministro.

Atualmente, o Campo de Marte, administrado pela Infraero, opera exclusivamente voos executivos e táxi aéreo. O aeroporto também abriga escolas de pilotagem e o Serviço Aerotático das Polícias Civil e Militar.

Apesar de não receber voos regulares de aviação comercial, é um dos maiores aeroportos do país em movimento operacional, ocupando a quinta colocação, segundo a Infraero, sendo que cerca de 70% de suas operações são realizadas por helicópteros. Segundo Moreira Franco, o aeroporto recebe 430 mil passageiros por ano e tem mais de 130 mil movimentos de aterrissagem e decolagem.

Moreira Franco evitou dar um prazo para a possível desativação, mas lembrou que dos três projetos de aeroportos, apenas o de São Roque está em fase adiantada. O de Parelheiros está em fase de discussão junto à Secretaria do Meio Ambiente do município, enquanto o projeto de Caieiras está em análise na SAC.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosAviaçãoFernando HaddadPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosSetor de transporteTransportes

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho