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Derrota é só o começo de uma luta, diz Freixo

Após ascensão meteórica no primeiro turno, candidato do PSOL termina a corrida eleitoral com 40,63% dos votos válidos

Marcelo Freixo em campanha (Divulgação/Facebook/Site Exame)

Marcelo Freixo em campanha (Divulgação/Facebook/Site Exame)

Bárbara Ferreira Santos

Bárbara Ferreira Santos

Publicado em 30 de outubro de 2016 às 19h25.

Última atualização em 30 de outubro de 2016 às 19h49.

São Paulo - Em discurso após a divulgação do resultado no Rio de Janeiro (RJ) , o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, afirmou durante evento para apuração de votos, na Cinelândia, que a derrota nas eleições municipais marcam o "começo de uma luta". Segundo ele, seus eleitores mostram um exemplo "daqueles que não se renderam".

"Essa campanha foi coletiva do início ao fim. O nosso sonho é coletivo, não é feito em uma sala fechada. Hoje começa uma luta. É só o começo de uma luta muito grande e muito bonita", afirmou Freixo.

Segundo o candidato, as metas de sua campanha não se restringem apenas a uma eleição, mas refletem o compromisso com a cidade e com o país.

"A gente tem muito orgulho de estar aqui. A gente sabia que, independente do resultado, a gente estaria junto hoje e lutaria junto amanhã. O nosso compromisso com essa cidade, com o Brasil, não é determinado apenas por uma eleição", disse Freixo. "Queríamos muito ganhar esta eleição, mas fizemos tudo dentro do limite ético. Tudo foi feito eticamente. Essa cidade é nossa, ela é maior do que a eleição".

O candidato também fez críticas indiretas à campanha de Crivella. "A gente marcou [este encontro] na praça pública e  num clube e nenhum lugar fechado. O nosso sonho é coletivo, não é feito em sala fechada", disse Freixo.

Corrida eleitoral 

Contrário ao financiamento de campanhas por empresas, o novo prefeito do Rio de Janeiro foi o candidato que conseguiu o maior número de doações de pessoas físicas, via internet. A campanha de Freixou arrecadou mais do que a meta de R$ 1,8 milhão com a ajuda do Fundo Partidário e da contribuição de quase 14 mil pessoas.

Professor de História, Freixo é atuante defensor de direitos humanos há 20 anos. Antes de se tornar parlamentar, trabalhava junto ao sistema penitenciário, denunciando as más condições dos presos.

O deputado estadual ocupa o cargo há quase uma década. Ganhou notoriedade pelo trabalho à frente da CPI das Milícias na Alerj, que indiciou 225 pessoas.

Por sua postura combativa ao crime organizado e ao fenômeno das milícias, sempre foi alvo de ameaças de morte.

Carismático e com o discurso inflamado, Freixo foi o segundo deputado estadual mais votado em 2010 do estado do Rio de Janeiro, com 177.253 votos, atrás apenas do apresentador Wagner Montes (PSD-RJ), com votação expressiva inclusive em áreas dominadas por milícias.

Após esse desempenho, Freixo ganhou projeção para se lançar candidato de oposição à Prefeitura da capital fluminense.Ele terminou o primeiro turno em segundo com 18,26% dos votos válidos.

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