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Deputados se surpreendem com baixa votação favorável a Cunha

O mandato do ex-presidente da Câmara foi cassado no fim da noite de ontem (12) por 450 votos a favor, dez contra e nove abstenções


	Cunha: o mandato do ex-presidente da Câmara foi cassado no fim da noite de ontem (12) por 450 votos a favor, dez contra e nove abstenções
 (Agência Brasil)

Cunha: o mandato do ex-presidente da Câmara foi cassado no fim da noite de ontem (12) por 450 votos a favor, dez contra e nove abstenções (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2016 às 13h15.

Brasília - Principal aliado do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o também peemedebista Carlos Marun (MS) disse hoje (13) que ficou surpreso com o placar tão desfavorável para Cunha.

O mandato do ex-presidente da Câmara foi cassado no fim da noite de ontem (12) por 450 votos a favor, dez contra e nove abstenções. Com o resultado, Cunha fica inelegível por oito anos.

Perguntado sobre as ausências de deputados do Centrão e do PMDB, partido de Cunha, na sessão de julgamento, Marun disse que o resultado, com apenas dez votos favoráveis ao peemedebista, não era esperado.

“Era esperada a cassação. Até por um placar elástico. Mas o resultado efetivamente foi surpreendente. É o que eu digo: se formou uma onda e essa onda estourou em cima da cabeça do deputado Eduardo Cunha. Jamais diria que haveria qualquer previsão ao número que resultou exposto no placar ao final da votação”, afirmou.

O líder do PSOL, Ivan Valente (SP), que ontem previa a cassação por pelo menos 350 votos, também se disse surpreso com a derrota tão expressiva de Cunha. “Foi um placar bastante dilatado. Mostra o instinto de sobrevivência dos políticos, mesmo os fisiológicos, clientelistas, corruptos, porque temos eleições [municipais, em outubro] e a carreira política pela frente. Ninguém esperava que ele tivesse apenas dez parlamentares para votar com ele”, afirmou.

Os deputados aprovaram o parecer do Conselho de Ética da Casa que pediu a cassação do mandato de Cunha por ele ter mentido durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras sobre ter contas secretas na Suíça, que teriam recebido dinheiro do esquema de pagamento de propina envolvendo a Petrobras e investigado na Operação Lava Jato.

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