Wilson Witzel: assembleia legislativa do estado tem 12 pedidos de impeachment contra o governador protocolados (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Agência O Globo
Publicado em 10 de junho de 2020 às 16h14.
Última atualização em 10 de junho de 2020 às 16h39.
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) decidiu nesta quarta-feira (10) instaurar o processo de impeachment do governador Wilson Witzel. Até o momento, dos 36 votantes, mínimo necessário para o início dos trâmites, 36 votaram a favor. Os outros 34 ainda apresentam seus votos.
O presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT), submeteu ao plenário da Casa a decisão de abrir o processo de impeachment do governador.
A Casa tem 12 pedidos de impeachment protocolados e a ideia é que os pedidos sejam juntados numa única denúncia. A disposição da Alerj de votar o impeachment disparou ontem após parlamentares afirmarem terem sido chatageados com dossiês, que seriam produzidos pelo Palácio Guanabara, para votar contra o afastamento.
"Quero tomar uma decisão conjunta com o plenário. Essa decisão não é um pré-julgamento (sobre o afastamento). É só para botar para andar o procedimento", disse Ceciliano. "Essa é uma oportunidade que a gente vai ter de trazer as explicações do governador. Voto sim para dar prosseguimento ao processo de impeachment", disse o petista, sexto a votar pela ordem alfabética.
Até mesmo o deputado Bruno Dauaire, do mesmo partido de Witzel, o PSC, votou a favor da abertura do impeachment. Dauaire chegou, inclusive, a ser convidado pelo governador na semana passada para ser líder do governo na Alerj.
"Acho que é uma oportunidade para o governador apresentar suas explicações. Não se trata de um pré-julgamento, mas de uma oportunidade para o governador trazer informações importantes, eu voto sim."