Brasil

Deputados dizem que plenário não conseguirá avaliar Processo

Desde a semana passada, as lideranças partidárias na Câmara decidiram votar o texto por blocos


	Câmara dos Deputados:  para os parlamentares, será difícil avançar além dos 300 primeiros artigos da proposta que trata de temas variados
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Câmara dos Deputados:  para os parlamentares, será difícil avançar além dos 300 primeiros artigos da proposta que trata de temas variados (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 14h17.

Brasília – Apesar de o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ter informado que a votação do projeto de lei do novo Código de Processo Civil (CPC) está marcada para a tarde de hoje (5), líderes acreditam que o plenário não conseguirá avaliar toda a matéria.

Desde a semana passada, as lideranças partidárias na Câmara decidiram votar o texto por blocos. Para os parlamentares, será difícil avançar além dos 300 primeiros artigos da proposta que trata de temas variados, como mecanismos para acelerar a tramitação de processos na Justiça até as condições para pagamento de pensão alimentícia.

“Vamos começar a discussão e votação, mas ninguém acredita que vá ser uma votação rápida, simples. Pelo que a gente houve na reunião do Colégio de Líderes, temos um conjunto de parlamentares que vem participando ativamente desse debate. É natural que eles liderem debate, mas é natural que outros que não estão tão por dentro também façam ponderações”, disse líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Chinaglia foi um dos parlamentares a adiantar que não acredita que a votação seja concluída hoje.

Além de extenso, o texto trata de pontos polêmicos.

Deputadas que integram a bancada feminina anteciparam que pretendem se posicionar contra item da proposta apresentada pelo relator da matéria, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que trata do pagamento da pensão alimentícia. Na semana passada, uma alteração pedida pela bancada sobre o mesmo tópico fez com que a votação fosse remarcada.

O relator sinalizou que alteraria o trecho do texto, retirando a possibilidade de prisão em regime semiaberto em casos de não pagamento da pensão. Mas, em seguida, Teixeira recuou e manteve a flexibilização da pena.

“A bancada é radicalmente contrária à ampliação de três para dez dias, como a proposta do relator se encontra, para que possa ser paga a pensão e é radicalmente contra as diferentes formas de flexibilização da prisão”, disse a coordenadora da bancada, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG).

Segundo a parlamentar, a alteração representa uma ameaça às crianças.

“Não vamos admitir. Faremos apelo aos líderes, vamos nos encontrar com o relator para tentar manter o que é hoje, que é um ganho”, explicou. Pelas regras atuais, quem não pagar a pensão pode ser preso por um a quatro anos e ainda é punido com multa de um a dez salários mínimos.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosHenrique AlvesMDB – Movimento Democrático BrasileiroPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP