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Deputados defenderam jogos de azar por receita, diz Jovair

A legalização dos jogos de azar foi um dos assuntos discutidos na reunião entre líderes de partido na Câmara e o presidente interino Michel Temer


	Michel Temer: de acordo com mais de um presente ao encontro, Temer ouviu atentamente mas não esboçou reação ou fez qualquer comentário
 (Paulo Whitaker / Reuters)

Michel Temer: de acordo com mais de um presente ao encontro, Temer ouviu atentamente mas não esboçou reação ou fez qualquer comentário (Paulo Whitaker / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2016 às 20h16.

Brasília - A legalização dos jogos de azar foi um dos assuntos discutidos na reunião entre líderes de partido na Câmara e o presidente em exercício Michel Temer, encerrada na tarde desta terça-feira, 17.

De acordo com mais de um presente ao encontro, Temer ouviu atentamente mas não esboçou reação ou fez qualquer comentário.

O assunto foi introduzido pela deputada Renata Abreu (PTN-SP) e, segundo o deputado Jovair Arantes (GO), 1º vice-líder do PTB, o presidente em exercício teve uma "postura discreta", disse. Segundo ele, a discussão sobre a legalização dos jogos de azar "deve ser feita na Câmara e na sociedade".

O deputado Aelton Freitas (MG), líder do PR, disse que nenhum dos presentes se manifestou sobre a proposta de Renata, mas disse que ele mesmo já a defendeu em outro momento. "Sou a favor, principalmente nas regiões mais pobres do País. Acho que assim a gente melhora e muito as condições de gerar emprego e renda", disse.

Maranhão

Jovair Arantes afirmou também que os deputados irão "atuar com o regimento interno" em relação ao trabalho do presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), que assumiu o cargo após o afastamento pelo Supremo Tribunal Federal de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Vamos atuar com o regimento nas mãos. Ele certamente vai querer contribuir para não criar mais problemas", afirmou Arantes.

No começo da semana passada, Maranhão suspendeu o processo de impeachment da agora presidente afastada Dilma Rousseff (PT), dias antes de o pedido ser aprovado no Senado. Em seguida, o presidente da Câmara recuou da decisão, o que foi insuficiente para que deputados ameaçassem de tirá-lo do cargo e ainda de parlamentares de PP de expulsá-lo do partido.

Arantes afirmou ainda que na reunião desta quarta-feira, 18, de líderes da Câmara a ideia é definir a limpeza da pauta de votações. "A partir da semana que vem atacaremos de frente questões desse governo", disse.

Já o líder do bloco PP/PTB/PSC, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que ele (Maranhão) "pode seguir presidindo a sessão se ele quiser" e ressaltou que não há um acordo sobre o futuro do parlamentar na Câmara. "Não temos acordo e vamos agir conforme o regimento".

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