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Deputados da Comissão de Educação da Alerj apoiam Uerj

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro é contra a instauração de uma CPI para investigar as contas das instituição

Uerj: ontem (10), a Uerj retomou as aulas após três meses de paralisação, devido a problemas causados pela crise financeira no estado do Rio (Divulgação/Facebook/UERJ/Divulgação)

Uerj: ontem (10), a Uerj retomou as aulas após três meses de paralisação, devido a problemas causados pela crise financeira no estado do Rio (Divulgação/Facebook/UERJ/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 11 de abril de 2017 às 16h56.

Deputados da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) se reuniram na manhã de hoje (11) com o reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ruy Garcia Marques, para reafirmar o apoio à instituição e reforçar a posição contrária à instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as contas da universidade.

A CPI para apurar dados referentes à folha de pagamento do quadro permanente de pessoal, bem como informações sobre o pagamento de bolsas e auxílios aos servidores das universidades estaduais do Rio de Janeiro foi protocolada, mas ainda não foi instaurada.

O presidente da Comissão de Educação, Comte Bittencourt (PPS), disse ser favorável ao acompanhamento das contas da Uerj, mas considerou a possível instalação da CPI um equívoco.

"É uma CPI que parece que está sendo proposta para retaliar a posição da universidade. Não tem cabimento. A folha [de pagamento] da universidade está aberta, temos acesso a essas informações", disse o parlamentar.

Ontem (10), a Uerj retomou as aulas após três meses de paralisação, devido a problemas causados pela crise financeira no estado do Rio.

No início de janeiro, a reitoria da universidade suspendeu o início das aulas do segundo semestre de 2016 por causa da falta de condições necessárias ao pleno funcionamento da instituição.

Entre os problemas, estão o não pagamento das bolsas e salários pelo governo do estado e a falta de repasses de verbas para a manutenção em geral.

Os docentes da Uerj decidiram em assembleia na tarde de ontem continuar em estado de greve.

Além dos salários de fevereiro, de março e do 13º atrasados, os docentes reclamam da falta de infraestrutura e limpeza nas unidades.

Aula pública

Professores realizaram hoje mais um protesto em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, na zona sul da capital fluminense.

Os educadores fizeram nova aula pública sobre a importância do ensino gratuito e criticaram o desmonte da universidade pública.

A professora assistente do Colégio da Aplicação da Uerj, Rosineide Freitas, disse que o objetivo da aula de hoje foi informar à sociedade sobre a trajetória de lutas pela universidade pública na América Latina, além de debater as políticas de cotas.

"Discutir a política de cotas como um ataque ao racismo institucional e como porta de acesso da classe trabalhadora [à universidade]", completou.

Na semana passada, os professores da Uerj, da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste e da Fundação de Apoio à Escola Técnica iniciaram uma série de aulas públicas em frente ao Guanabara.

O ato foi intitulado "Se o Pezão não deixa a Uerj ter aula, aula na porta do Pezão".

 

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