Brasil

Deputado Nelson Meurer é o primeiro condenado pelo STF na Lava Jato

Deputado federal do PP foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em regime fechado

Nelson Meurer: segundo a acusação, o parlamentar recebeu R$ 4 milhões em vantagens indevidas oriundas da Petrobras (Viola Junior/Câmara dos Deputados/Reprodução)

Nelson Meurer: segundo a acusação, o parlamentar recebeu R$ 4 milhões em vantagens indevidas oriundas da Petrobras (Viola Junior/Câmara dos Deputados/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de maio de 2018 às 17h24.

Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou hoje (29) o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) a 13 anos e nove meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em regime fechado. Apesar da decisão, o deputado poderá recorrer em liberdade. Meurer é o primeiro condenado pelo STF na Operação Lava Jato após a chegada dos primeiros inquéritos, em 2015.

O colegiado julgou ação penal elaborada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo a acusação, o deputado Nelson Meurer recebeu R$ 4 milhões em vantagens indevidas oriundas da Petrobras.

O filho do deputado Nelson Meurer Júnior também foi condenado, mas a uma pena menor, 4 anos e 9 meses de prisão em regime aberto.

Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o dinheiro teve origem em contratos da Petrobras e consistia em repasses por empresas fictícias operadas pelo doleiro Alberto Youssef e por intermédio do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, dois delatores do esquema de corrupção na Lava Jato. Somente o PP teria recebido R$ 357,9 milhões de propina da Petrobras, segundo a procuradoria.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoOperação Lava JatoProgressistas (antigo PP)Supremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe