Lula e Ahmadinejad, do Irã: em junho, ex-presidente ofereceu asilo a Sakineh (Ricardo Stuckert/Veja)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2011 às 09h01.
Teerã - A presidente da comissão de direitos humanos no Parlamento iraniano, Zohre Elahian, afirmou que a condenação à morte contra Sakineh Mohammadi Ashtiani, a mulher acusada de adultério e colaboração no assassinato de seu marido, "continua em suspenso".
Em carta dirigida à presidente Dilma Rousseff, a deputada explica de maneira confusa que "embora o processo de pena de morte por apedrejamento não tenha chegado ao final, a condenação de enforcamento está suspensa pelo perdão" da família de seu marido.
A redação da frase em farsi, no entanto, não deixa claro se a decisão é final.
"Ela foi condenada a dez anos de prisão" porque "de acordo com as provas, esta mulher iraniana traiu a sua família e assassinou seu marido com ajuda de seu amante. Confessou seus crimes durante o julgamento", acrescentou Elahian em sua mensagem, citada nesta segunda-feira pela agência de notícias estudantil "Isna".
Em junho passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu asilo a Ashtiani, o que criou desconforto na relação entre os dois países.