Dilma Rousseff em entrevista a Glenn Greenwald no Palácio do Planalto: sem viagens e sem comida (Reprodução/YouTube)
Talita Abrantes
Publicado em 4 de junho de 2016 às 09h18.
São Paulo – A vida de presidente afastada não está fácil para Dilma Rousseff (PT). Depois de ver o número de viagens a que ela tem direito com aviões da FAB restringindo, a petista teve que lidar com a despensa vazia na última semana. As informações são da coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a coluna, o “cartão de suprimento”, que garantia recursos para compra de comida no Palácio do Alvorada, foi cortado pela equipe do presidente interino, Michel Temer (PMDB), na última quarta-feira (1).
Ao jornal, a Secretaria de Governo afirmou que a interrupção dos recursos seria provisória e seria mantida até receber um parecer jurídico sobre os direitos de Dilma. Desde a noite desta sexta-feira, no entanto, a presidente afastada foi liberada pra compras.
Esta não é a primeira decisão da Casa Civil da nova gestão para limitar os benefícios concedidos a petista.
Segundo Dilma confirmou durante discurso em Porto Alegre (RS), a partir de agora, ela só estaria autorizada a fazer viagens com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) de Brasília (DF) para a capital gaúcha, onde ela possui um apartamento e onde sua família vive.
"É um escândalo que não eu não possa viajar para o Rio, para o Pará ou qualquer outro lugar", disse Dilma Rousseff durante evento em Porto Alegre na noite de ontem.
De acordo com a presidente afastada, ela não pode pegar um avião comercial, como qualquer outra pessoa faria, porque a Constituição determina que é preciso haver um aparato de segurança fazendo sua escolta.
Durante o período em que aguarda o julgamento do processo de impeachment, Dilma Rousseff pode continuar morando no Palácio da Alvorada, que é a residência oficial da Presidência.
A petista ainda tem direito a salário integral, segurança pessoal, assistência a saúde, transporte aéreo e terrestre, além de equipe pessoal.