Brasil

Denúncia não afeta votação de reformas, diz Meirelles

Para ele, a reforma da Previdência deve ser votada e aprovada em outubro

Henrique Meirelles: "Nossa expectativa é o procedimento normal do cronograma", disse o ministro (Leonardo Benassatto/Reuters)

Henrique Meirelles: "Nossa expectativa é o procedimento normal do cronograma", disse o ministro (Leonardo Benassatto/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 08h11.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou na noite de hoje (14) que a denúncia apresentada pelo procurador Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer possa prejudicar o cronograma de votação das reformas no Congresso.

Para ele, a reforma da Previdência deve ser votada e aprovada em outubro. Nesta quinta-feira, Janot ofereceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a segunda denúncia contra Temer pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

"Nossa expectativa é o procedimento normal do cronograma. Evidentemente que existe algo, que já era esperado, que será a votação pela Câmara da votação deste assunto [da denúncia contra Temer], mas já estávamos esperando isso, portanto, nossa expectativa é que no mês de outubro seja votada a Previdência", disse Meirelles, antes de participar da premiação As Melhores da Dinheiro, no Tom Brasil, na capital paulista.

O ministro disse que tem conversado muito com os parlamentares sobre a votação da reforma. "Fiz reuniões com as bancadas de todos os partidos da base aliada no Congresso e nessas reuniões discutimos a questão da Previdência de uma maneira exaustiva e profunda. Deixei muito claro, com números concretos, que isso não é uma opção, é uma necessidade. Em alguns anos, se não for feito esta mudança, 80% do Orçamento vai ser ocupado com essas despesas", disse.

Candidatura

Meirelles comentou, novamente, sobre uma possível candidatura à presidência da República no próximo ano. "Fico muito honrado com as manifestações de apoio, mas no momento estou concentrado no trabalho fundamental de garantir a recuperação da economia brasileira".

Em entrevista a jornalistas, Meirelles comentou também sobre sua viagem a Nova York, na próxima semana. Segundo ele, a mensagem que ele pretende levar para os Estados Unidos é que a "economia brasileira vai começar a crescer e que o desemprego começou a cair". "A mensagem principal é que a economia está crescendo, vai bem e os sinais estão cada vez mais visíveis", disse.

Selic

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que também participou do evento, disse que a taxa básica de juros (Selic) pode continuar em queda se o cenário econômico brasileiro evoluir conforme o esperado.

"Temos uma projeção de 3,3% de inflação para este ano e 4,4% de inflação para o ano que vem, muito perto da meta. Neste cenário, os analistas apontam que a taxa de juros será de 7,25% no final deste ano e caindo para 7% ao ano em 2018 e elevando-se para 7,5% no final do ano que vem. Essa é a expectativa dos analistas", disse.

"Na próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme o esperado, o Copom [Comitê de Política Monetária] vê como adequada a redução moderada da magnitude da flexibilização monetária".

Segundo o presidente do BC, a aprovação das reformas, como a previdenciária, pode contribuir também para um cenário de queda na taxa de juros.

"As reformas são importantes para o equilíbrio da economia", disse. "Nossa situação econômica apresentou avanços e temos motivos para comemorar. Saímos da recessão e estamos em recuperação".

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerHenrique MeirellesMichel TemerMinistério da FazendaReforma da Previdênciareformas

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso