Veja como se prevenir da dengue em 2024 (Divulgação/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 08h18.
O Brasil tem enfrentado um surto de casos de dengue desde o começo de 2024. Só neste ano, foram 75 mortes causadas pelo vírus e há mais 340 óbitos em investigação, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Entre janeiro e fevereiro, o País já registrou 512 mil infectados pela doença em todo o território nacional. Em 2023, foram 2,900 milhões pessoas notificadas, 1,600 milhão de casos confirmados e mil óbitos.
Idosos e crianças, enquadrados no grupo de risco, são os que mais precisam se prevenir contra a doença. O Brasil já está aplicando doses de vacina contra a dengue, em um primeiro momento somente para crianças entre 10 e 11 anos, mas só ela não é suficiente para proteger os pequenos do vírus.
A melhor forma de se prevenir da dengue é, além da vacina, usar repelente e evitar água parada — usada pelo mosquito Aedes aegypti para reprodução. No caso das crianças, no entanto, o uso do repelente deve ser feito com maior cautelam a depender da idade.
Bebês com menos de três meses não podem usar nenhum tipo de repelente. A recomendação, nesses casos, é usar barreiras físicas para que o mosquito não os pique: roupas com manga longa, calças e mosquiteiros no berço.
Nessa idade, recomenda-se o uso de repelentes que tenham até 10% de Icaridina. Essa informação, em geral, fica visível no rótulo do produto. O produto só deve ser passado uma vez ao dia.
Os bebês já podem usar repelentes com até 20% de Icaridina. Essa informação, em geral, fica visível no rótulo do produto. O produto pode ser passado até duas vezes ao dia.
Para os pequenos, o ideal é que o adulto seja o responsável por passar o produto na pele, evitando áreas do rosto e mãos, que podem ser levadas à boca. Os princípios ativos que mais funcionam para elas são Icaridina, IR3535 e DEET, que podem ser facilmente vistos na bula e no rótulo dos repelentes vendidos em farmácias e mercados. Pré-adolescentes e adolescentes podem usar todos os princípios ativos usados por adultos.
Recomenda-se que as crianças menores de 12 anos passem o produto somente duas vezes ao dia.
A dengue pode apresentar quadro subclínico, ou seja, a pessoa tem a doença e não sente nada, até quadros gravíssimos que precisam de abordagem imediata; mas o quadro da dengue clássico é dado por febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular generalizada, vômitos e diarreia, afirma Araújo. “Em casos de resolução espontânea os sintomas acabam em 7 dias”.
A covid-19, por outro lado, causa sintomas mais brandos, sobretudo se o indivíduo portador do coronavírus já estiver com pelo menos quatro doses da vacina. São sintomas da doença: febre baixa, calafrios, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e, em alguns casos, falta de olfato ou paladar.
O primeiro passo, quando tiver um dos sintomas, é buscar o diagnóstico médico, afirma a médica, que reforça que há muitos sintomas que podem ser confundidos com outras doenças como malária na região Norte, Covid, influenza e leptospirose. “É interessante que todos tenham acesso para o diagnóstico inicial para depois ser acompanhado com o tratamento ambulatorial correto até o fim da doença.
Outro alerta importante é se atentar aos sintomas mais graves que podem ser dor abdominal intensa, vômitos recorrentes, diminuição de volume urinário, sangramento pelas fezes ou vômitos. “Nestes casos é obrigatório a ida ao médico, porque será necessário alguma intervenção, como hidratação endovenosa”, afirma Araújo.