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Democracia brasileira não está ameaçada, diz Barroso

Ministro do Supremo Tribunal Federal reagiu às declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro sobre novo AI-5

Luís Roberto Barroso: ministro do Supremo disse que é preciso separar conservadorismo de autoritarismo (Ueslei Marcelino/Reuters)

Luís Roberto Barroso: ministro do Supremo disse que é preciso separar conservadorismo de autoritarismo (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de novembro de 2019 às 16h14.

São Paulo - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso disse hoje ter convicção de que a democracia no Brasil não está em risco e considerou "contundente" a reação da sociedade às declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre o AI-5 durante a semana. "Vivemos uma onda conservadora, mas é preciso não confundir conservadorismo com autoritarismo", disse o ministro durante um talk-show no clube Hebraica, em São Paulo, no encerramento da 50º Convenção Anual da Conib (Convenção Israelita do Brasil). "O que eu diria é que o mundo vive um momento difícil em relação à democracia", acrescentou.

Democracia, discurso de ódio e mudanças eleitorais foram os temas abordados pelo ministro no encontro. Barroso foi aplaudido longamente pela plateia presente no Teatro Anne Frank. Citando um dos autores de "Como as Democracias Morrem", Steven Levitsky, Barroso disse que a erosão democrática hoje vem de líderes eleitos. "É preocupante, precisa ficar atento. Mas a democracia brasileira é muito resiliente", disse.

Barroso defendeu, ainda, uma mudança no sistema eleitoral, com base no voto distrital. "Acho que se não mudarmos o sistema eleitoral, vamos ficar andando em círculos."

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