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Demitido em 2008, ex-gerente ataca gestão da Petrobras

Geovanne de Morais comandou em 2008 a gerência de Comunicação do Abastecimento Corporativo, posto no qual era subordinado ao ex-diretor Paulo Roberto Costa


	Petrobras: Morais afirmou que era prática comum ausência de planejamento de gastos em divulgação
 (Reuters)

Petrobras: Morais afirmou que era prática comum ausência de planejamento de gastos em divulgação (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 19h36.

Brasília - O ex-gerente de Comunicação do Abastecimento Corporativo da Petrobras Geovanne de Morais, citado em investigações internas que apontam envolvimento dele em desvios na estatal, rebate as acusações e afirma ter sido usado como "boi de piranha" pela direção da estatal.

Morais comandou em 2008 a gerência de Comunicação do Abastecimento Corporativo da petroleira, posto no qual era subordinado ao ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Nesta sexta, 12, reportagem do jornal Valor Econômico afirma que uma ex-funcionária da estatal alertou a atual diretoria sobre irregularidades na empresa antes da Lava Jato.

A geóloga Venina Velosa da Fonseca, que foi gerente executiva da Diretoria de Abastecimento, avisou a presidente da companhia, Graça Foster, sobre pagamentos de serviços de comunicação que não foram prestados, cujos valores chegariam a R$ 58 milhões, e sobre a escalada de aditivos que elevaram os custos da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, de US$ 4 bilhões para US$ 18 bilhões.

Morais era um dos responsáveis pela promoção de eventos esportivos, festas, shows e bailes de carnaval realizados para divulgar a marca Petrobras.

Em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o ex-diretor afirmou que era prática comum na estatal a ausência de planejamento de gastos na maioria desses eventos.

Ele foi demitido em 2008, por suspeita de corrupção, em meio às investigações internas de desvio em contratações de "pequenos serviços" que totalizaram R$ 150 milhões em um ano.

Após a demissão, ele entrou em licença médica e permaneceu nos quadros da Petrobrás por mais cinco anos, quando só então sua saída foi efetivada.

Atualmente, diz viver com ajuda de familiares. Está com aluguéis atrasados e ordem de despejo prevista para janeiro.

"Executaram a pessoa errada", afirma, em entrevista exclusiva.

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