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Demissão de Ana de Hollanda é 'abalo natural', diz Gil

Artista afirmou que gostaria de ver os pontos de cultura, projeto carro-chefe de sua gestão, serem recuperados na administração Marta Suplicy


	Gilberto Gil: sobre a escolha do nome de Marta para a pasta, cantor não quis fazer uma avaliação
 (Thesupermat / Wikimedia Commons)

Gilberto Gil: sobre a escolha do nome de Marta para a pasta, cantor não quis fazer uma avaliação (Thesupermat / Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 21h18.

Rio - De volta de uma série de shows na América Latina, o compositor Gilberto Gil comentou brevemente nesta segunda a demissão de Ana de Hollanda do Ministério da Cultura. "São abalos sísmicos naturais do terreno político. Não tenho informações suficientes para falar sobre isso, não estou lá", disse Gil, ministro da Cultura no governo Lula, entre 2003 e 2008.

Ele gostaria de ver os pontos de cultura, projeto carro-chefe de sua gestão, serem recuperados na administração Marta Suplicy, à medida em que os próprios beneficiados assim demandem. "Não acompanho com tanta proximidade, tenho meus afazeres e quis manter certa distância. Mas tenho andado por aí e vejo queixas de um certo esmorecimento do ânimo ministerial quanto a isso. Espero que com a nova gestão essa retomada se dê num nível razoável."

O comentário sobre os pontos de cultura foi em resposta a um questionamento vindo da plateia que acompanhava uma mesa de debates de que Gil participou à tarde. O evento era para marcar o cinquentenário da Fundação Ford no Brasil.

Em seguida, o músico deu uma rápida entrevista. Como já tinha sinalizado desde que Ana caiu, há uma semana, ele não se sente à vontade de fazer declarações sobre o assunto.

Sobre a escolha do nome de Marta para a pasta, não quis fazer uma avaliação. "Quem tem perfil e deixa de ter? Eu tinha? Muitos diziam que não. Ana tinha? Muitos diziam que não. Marta tem? Muitos dizem que não. Não vou entrar nisso".

Quando lhe perguntaram se Ana deixou uma marca no MinC, ele também não respondeu. "São perguntas a serem feitas a ela. O que ela acha que deixou e o que não pôde fazer? Como vou responder por ela? Provavelmente ela vai dizer que muita coisa ela fez porque ajudaram, muita coisa deixou de fazer porque não foi ajudada. É assim sempre!"

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