Brasil

Demarcação de terras compete ao Executivo, diz Cardozo

Cardozo disse que não tratou da PEC no encontro que teve nesta quarta de manhã com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)


	"Achamos que essa PEC é inconstitucional e fere a separação dos poderes. A demarcação de terras é uma função administrativa e compete ao Executivo", disse Cardozo
 (Isaac Amorim/Ministério da Justiça)

"Achamos que essa PEC é inconstitucional e fere a separação dos poderes. A demarcação de terras é uma função administrativa e compete ao Executivo", disse Cardozo (Isaac Amorim/Ministério da Justiça)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 16h58.

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reafirmou nesta quarta-feira que o Ministério considera a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215 de 2000, que passa para o Legislativo a incumbência de demarcar terras indígenas, inconstitucional.

"Achamos que essa PEC é inconstitucional e fere a separação dos poderes. A demarcação de terras é uma função administrativa e compete ao Executivo", disse Cardozo.

Ele disse que não tratou da PEC no encontro que teve nesta quarta de manhã com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

O ministro também foi questionado sobre como está a situação no Estado do Mato Grosso do Sul, que convive com tensões entre indígenas e fazendeiros. Ele disse que a situação ainda é tensa, mas melhorou em relação à semana passada.

"O diálogo começou a render frutos", disse Cardozo. "Eu coloco muita esperança nessa pactuação. Posições extremadas, seja dos índios ou dos fazendeiros, não levam a nada", disse o ministro. "Não se apaga incêndio com gasolina".

Acompanhe tudo sobre:JustiçaLegislaçãoIndígenasTerras

Mais de Brasil

Lula alerta sobre risco de anistia e critica força da extrema direita no Congresso

Fux afirmou que crimes contra a democracia não podem ser anistiados em julgamento de Silveira

Hugo Motta diz que proposta de anistia a envolvidos no 8 de janeiro segue em negociação

Chineses cooptaram brasileiros e criaram golpe com 'suposto doutor da USP' em pirâmide de R$ 1 bi