Sara Winter: partido argumenta que expulsão devido ao "envolvimento da filiada em movimentos radicais contra o Estado de Direito e o Regime Democrático" (FREDERICO BRASIL/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/Estadão Conteúdo)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de junho de 2020 às 12h35.
Última atualização em 15 de junho de 2020 às 09h46.
O Democratas (DEM) formalizou, nesta segunda-feira, 2, a expulsão sumária da ativista de extrema direita Sara Fernanda Giromini, que se autodenomina Sara Winter, do quadro do partido. A sigla argumenta que a decisão foi tomada devido ao "envolvimento da filiada em movimentos radicais contra o Estado de Direito e o Regime Democrático".
"O Democratas repudia, de forma veemente, quaisquer atos de violência ou atentatórios ao Estado de Direito, ao Regime Democrático e às instituições brasileiras", escreveu o presidente do partido e prefeito de Salvador, ACM Neto.
A ativista é uma das lideranças do movimento "300 do Brasil", que montou um acampamento em Brasília. No último sábado, dia 30, o grupo fez um protesto em frente ao STF com tochas e máscaras. O ato foi comparado por parlamentares ao grupo supremacista branco Ku Klux Klan, dos Estados Unidos.
A apoiadora bolsonarista é uma das investigadas no inquérito das fake news e pode ser alvo de um pedido de prisão do Ministério Público em razão de ameaças dirigidas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que conduz a investigação.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Winter falou que, se estivesse na mesma cidade que Moraes, chamaria o ministro para "trocar socos". Ela também prometeu perseguir e "infernizar" a vida do ministro, responsável por determinar a operação da Polícia Federal (PF) que apreendeu computador e celular da ativista.