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Delta recebeu por obras que não saíram do papel, revela MPF

O dono da empresa e outras 22 pessoas foram denunciados hoje pelo MPF pela lavagem de R$ 370 milhões em recursos públicos federais


	PF: o dono da empresa e outras 22 pessoas foram denunciados hoje pelo MPF pela lavagem de R$ 370 milhões em recursos públicos federais
 (Arquivo/Agência Brasil)

PF: o dono da empresa e outras 22 pessoas foram denunciados hoje pelo MPF pela lavagem de R$ 370 milhões em recursos públicos federais (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2016 às 17h36.

Rio - As investigações da Operação Saqueador, do Ministério Público Federal no Rio e da Polícia Federal, mostram que a empreiteira Delta recebeu dinheiro público para executar obras que não saíram do papel.

É o caso da transposição do Rio Turvo, no Sul do Estado do Rio, para a qual foram destinados R$ 80 milhões. A transposição jamais aconteceu, sendo a denúncia apresentada nesta quinta-feira, 30, pelo MPF.

Outras obras da Delta que constam da denúncia são a de construção do Parque Aquático Maria Lenk, no município do Rio, para servir a competições dos Jogos Pan Americanos realizados na cidade em 2007, que custou R$ 60 milhões, e a de despoluição da Lagoa de Araruama, na Região dos Lagos do Rio, no valor de R$ 5,6 milhões.

No primeiro caso, a empreiteira se beneficiou de uma dispensa indevida de licitação por parte da prefeitura do Rio.

No segundo, o dono da Delta, Fernando Cavendish, é acusado de ter recebido integralmente o dinheiro público e de não efetuar todos os serviços contratados. Cavendish foi condenado a quatro anos e meio de prisão em regime semiaberto pelo desvio dessa verba.

O empresário e outras 22 pessoas foram denunciados hoje pelo MPF pela lavagem de R$ 370 milhões em recursos públicos federais pela empreiteira Delta Construções SA e por 18 empresas de fachada, abertas com este fim.

Cavendish teve a prisão preventiva decretada, mas está foragido, possivelmente na Europa, segundo a PF.

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