Família que usa o Bolsa Família: o Plano Brasil sem Miséria tem como eixo de transferência de renda o Programa Bolsa Família, que este ano completou dez anos de funcionamento. (ROBERTO SETTON /EXAME)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2013 às 16h24.
Brasília – Delegações estrangeiras que participam do 3º Seminário Internacional Políticas Sociais para o Desenvolvimento, que ocorre em Brasília, conheceram hoje (24) o modelo de funcionamento do Plano Brasil sem Miséria. De acordo com o secretário executivo interino do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Marcelo Cardona, 22 milhões de brasileiros deixaram a extrema pobreza desde junho de 2011, quando a estratégia foi lançada.
“Ainda há muitas famílias extremamente pobres, mas queremos buscá-las para mudar essa situação. Temos um longo caminho a percorrer”, disse o dirigente. O seminário conta com a participação de representantes das Bahamas, do Belize, da Bolívia, de El Salvador, da Índia, da Tanzânia, da Jordânia, do México, do Peru, da Argélia e do Vietnã. Até quinta-feira (27) serão discutidos temas como cadastro único para ingresso a programas sociais do governo e sistemas de monitoramento e avaliação de políticas públicas.
De acordo com Marcelo Cardona, o Plano Brasil sem Miséria tem como eixo de transferência de renda o Programa Bolsa Família, que este ano completou dez anos de funcionamento. O secretário interino disse que, nesse período, o programa contemplou 13,8 milhões de famílias. Só no primeiro semestre deste ano, foram cadastradas mais 800 mil. “A meta é que todas as famílias pobres estejam inseridas no programa, até o fim do atual governo”.
Outro tema do seminário foi a 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, marcada para os dias 8, 9 e 10 de outubro, em Brasília. De acordo com a secretária executiva da conferência, Paula Montagner, o objetivo do evento não é criar planos e metas de políticas para o setor, e sim avaliar as estratégias traçadas para acelerar o passo das ações nacionais e mundiais da erradicação do trabalho infantil.
“Devemos avaliar o progresso das ações, identificar os desafios e buscar soluções com todos os países envolvidos nessa batalha". Segundo Paula, a meta é que em 2020 a erradicação do trabalho infantil seja total. “Se postergarmos a entrada dos nossos jovens no mercado de trabalho, estamos contribuindo para um futuro melhor”, explicou.