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Delcídio pede ao STF suspensão de processo de cassação

Com o recurso, a defesa pretende impedir que o senador preste depoimento ao Conselho de Ética na próxima terça-feira (26)


	Delcídio Amaral: logo após ser solto, Delcídio conseguiu atestado médico e não compareceu a três depoimentos que foram marcados
 (Ueslei Marcelino/REUTERS)

Delcídio Amaral: logo após ser solto, Delcídio conseguiu atestado médico e não compareceu a três depoimentos que foram marcados (Ueslei Marcelino/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2016 às 19h45.

A defesa do senador Delcídio do Amaral (MS) recorreu hoje (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o processo de cassação contra o parlamentar no Conselho de Ética do Senado. Os advogados alegam que o colegiado tem cerceado o direito de defesa do senador.

Com o recurso, a defesa pretende impedir que o senador preste depoimento ao Conselho de Ética na próxima terça-feira (26).

Logo após ser solto, em dezembro do ano passado, Delcídio conseguiu um atestado médico e não compareceu a três depoimentos que foram marcados.

De acordo com os advogados, a tramitação do processo disciplinar é ilegal porque não foi suspenso durante o período da licença médica, foram rejeitados pedidos de convocação de testemunhas, não foi feito laudo pericial na gravação que justificou sua prisão e falta apensamento da íntegra do inquérito que Delcídio responde no Supremo.

“O não cumprimento das diligências processuais supradeclinadas, as quais devem anteceder o interrogatório do acusado, impedem que o senador seja ouvido perante o Conselho de Ética, sob pena de configurar inversão tumultuária do processo”, sustenta a defesa.

O mandado de segurança foi remetido ao ministro Celso de Mello, que rejeitou o mesmo pedido de suspensão no dia 16 de março.

Delcídio do Amaral foi preso no dia 25 de novembro do ano passado depois que Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, entregou ao Ministério Público o áudio de uma reunião na qual o parlamentar propunha o pagamento de R$ 50 mil por mês à família de Cerveró e um plano de fuga para o ex-diretor deixar o país.

Delcídio foi solto no dia 18 de fevereiro sob condição de se manter em recolhimento domiciliar, podendo deixar a sua residência apenas para ir ao Senado trabalhar e retornando no período noturno.

Desde então, ele está de licença médica, que vem senso prorrogada e não retornou à Casa.

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