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Delator relata contrato fictício para campanha de Garotinho

André Rodrigues procurou a PF para fazer a delação, que embasou a prisão preventiva de Garotinho, de sua mulher Rosinha Garotinho, e outras sete pessoas,

Rosinha Garotinho foi levada para a sede da PF no município de Campos dos Goytacazes (Phelipe Soares/NF Notícias/Agência Brasil)

Rosinha Garotinho foi levada para a sede da PF no município de Campos dos Goytacazes (Phelipe Soares/NF Notícias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 12h56.

Rio de Janeiro - O empresário André Luiz da Silva Rodrigues informou ao Ministério Público Eleitoral (MPE) que a sua empresa Ocean Link Solutions Ltda realizou um contrato simulado com a JBS para viabilizar a doação de R$ 3 milhões para a campanha do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR).

Rodrigues procurou a Polícia Federal para fazer a delação, que embasou a prisão preventiva de Garotinho, de sua mulher Rosinha Garotinho, e outras sete pessoas, nesta quarta-feira, 22.

Outro preso foi Ney Flores Braga, um dos responsáveis pela arrecadação de dinheiro para a campanha de Garotinho em 2014.

O delator contou que, em reunião determinada pelo ex-governador, alguém da JBS faria contato com o empresário Brauny, seu sócio na empresa Ocean Link, para tratar de uma contratação.

Segundo o MPE, Rodrigues contou que o negócio foi firmado tempo depois, "restando esclarecido posteriormente que o contrato entre a Ocean Link e a JBS seria simulado com vistas a transferir, mediante conta bancária e nota fiscal fria, R$ 3 milhões de reais que deveriam ser repassados para o réu Anthony Garotinho utilizar em sua campanha eleitoral para o governo do Estado do Rio de Janeiro", diz, na denúncia.

Também tiveram ordens de prisão expedidos Antônio Ribeiro da Silva, Suledil Bernardino, Thiago de Godoy, Antônio Carlos Rodrigues e Fabiano Alonso.

Garotinho foi preso na manhã desta Quarta-feira e encaminhado para a sede da Polícia Federal no Rio e depois para o Instituto Médico Legal (IML). Rosinha foi levada para a sede da PF no município de Campos dos Goytacazes.

Defesa

Em nota, a assessoria do político disse que "querem calar o Garotinho mais uma vez" e que o ex-governador atribui a operação "a mais um capítulo da perseguição que vem sofrendo" por ter denunciado um esquema envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e irregularidades supostamente praticadas pelo desembargador Luiz Zveiter.

Garotinho se diz inocente, assim como os demais acusados na operação desta quarta-feira, e ainda diz que é ameaçado pelo presidente afastado da Alerj, Jorge Picciani, que nesta terça-feira, 21, voltou à cadeia.

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