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Delação de Delcídio pode ser usada para avaliar impeachment

"A OAB irá requerer ao STF acesso à delação do senador cujo teor indica influência direta da presidente na condução da Lava Jato", informa assessora a Ordem


	Dilma Rousseff: delação de Delcídio pode ser usada pela OAB para avaliar pedido de impeachment da presidente
 (José Cruz / Agência Brasil)

Dilma Rousseff: delação de Delcídio pode ser usada pela OAB para avaliar pedido de impeachment da presidente (José Cruz / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 16h21.

São Paulo - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entidade mais influente da advocacia no país, informou nesta quinta-feira, 3, que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso à delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS).

O petista fez acordo com a Procuradoria-Geral da República na Operação Lava Jato.

A revista IstoÉ divulgou os detalhes da delação de Delcídio que teria 400 páginas e trechos do depoimento.

O senador citou vários nomes, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhou os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, entre outros assuntos.

As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração.

"A OAB irá requerer ao Supremo Tribunal Federal acesso a delação do senador Delcídio do Amaral, cujo teor, segundo a imprensa, indica influência direta da presidente da República na condução da operação Lava Jato, bem como supostos desvios na nomeação de ministros para os tribunais superiores com o intuito de influir no andamento da operação Lavo Jato", informou a assessoria do presidente da Ordem, Claudio Lamachia, em nota.

Na semana passada, a OAB solicitou ao juiz Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato na 1ª instância, em Curitiba, acesso aos autos da operação 'para avaliar a possibilidade de um pedido de impeachment contra a presidente da República'.

As primeiras revelações do ex-líder do Governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração. Nesta fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos após a homologação do acordo.

Delcídio foi preso no dia 25 de novembro do ano passado acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e solto no dia 19 de fevereiro. Desde que saiu da prisão, Delcídio nega ter feito delação premiada.

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