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Delação de Cunha?; Temer desaprovado…

Medo da delação A prisão de Eduardo Cunha repercutiu no Congresso assim que foi anunciada. Para a oposição ao governo peemedebista, já se especula o possível impacto de uma eventual delação premiada que o ex-deputado possa fechar com a força-tarefa da Operação Lava-Jato. Cunha é tido como figura central no esquema naquilo que toca seu […]

MICHEL TEMER: Reprovação cresceu na pesquisa CNT/MDA, passado da metade dos entrevistados / Andressa Anholete / Getty Images

MICHEL TEMER: Reprovação cresceu na pesquisa CNT/MDA, passado da metade dos entrevistados / Andressa Anholete / Getty Images

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2016 às 18h01.

Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h06.

Medo da delação

A prisão de Eduardo Cunha repercutiu no Congresso assim que foi anunciada. Para a oposição ao governo peemedebista, já se especula o possível impacto de uma eventual delação premiada que o ex-deputado possa fechar com a força-tarefa da Operação Lava-Jato. Cunha é tido como figura central no esquema naquilo que toca seu partido. “Eu, sinceramente, espero que ele faça uma delação. Se ele fizer uma delação, esse governo de Michel Temer não se sustenta por um dia”, disse o senador petista Lindbergh Farias.

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Antigos aliados

Declarações semelhantes às de Lindbergh foram feitas por parlamentares da Câmara, como os deputados da Rede Alessandro Molon e Miro Teixeira, além dos representantes do PSOL Ivan Valente e Chico Alencar. Todos foram figuras centrais no processo de cassação de Cunha, que se deu há cerca de um mês. Antigos aliados silenciaram. Carlos Marun (PMDB-MS), que o defendeu até o último dia, disse que o fato lhe “entristece”.

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Segue a Lava-Jato

Enquanto acontecia a prisão de Cunha, o Ministério Público da Suíça tornou pública a decisão do Tribunal Federal do país que libera o envio de documentos bancários para as investigações sobre a Odebrecht e Petrobras na Justiça do Brasil. Neles estariam comprovantes de que a empreiteira utilizou contas no exterior para pagar propina à estatal, detalhando as entradas e saídas de recursos. Uma mão na roda para Sergio Moro.

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Enquanto isso…

O dono da Delta Engenharia, Fernando Cavendish, negocia acordo de delação premiada para se livrar das acusações de corrupção na Operação Saqueador. Em seus primeiros depoimentos, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o empresário indicou nomes de políticos que teriam recebido propina em troca de contratos em obras nos governos de Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. Entre os citados estão o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), por trabalho de ampliação da Marginal Tietê, e Sérgio Cabral (PMDB), por obras no Maracanã.

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Arigato

Michel Temer antecipou sua volta ao Brasil sem esclarecer os motivos. Antes, reuniu-se com empresários para apresentar o programa de concessões e tentar atrair investimentos japoneses. Foi obrigado a ouvir do presidente da federação nacional das indústrias do Japão, Sadayuki Sakakibara, que o Brasil precisa de um ambiente de investimento “mais aberto, com redução de tarifas e custos, melhor ambiente de trabalho e infraestrutura”. Pode ter sido chateação, mas volta com uma missão bastante clara.

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Pesquisa ruim

Temer disse mais uma vez que sua prioridade é colocar as contas do país nos eixos, mesmo que isso signifique impopularidade. Sem surpresas então com a pesquisa CNT/MDA que mede sua aprovação, divulgada nesta quarta-feira. Houve alta da rejeição de seu desempenho pessoal como presidente, de 40,4% para 51,4%. Sua aprovação caiu de 33,8% para 31,7%. O governo é ótimo ou bom para apenas 14,6%, contra 36,7% de avaliações negativas. Regular ficou com 36,1% dos votos de entrevistados.

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Lula favorito

Em cenário de eleição em 2018, lidera a pesquisa o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em intenções de voto, tanto em resposta espontânea (11,4%) como estimulada (número depende do cenário proposto). No segundo turno, o petista seria superado por Aécio Neves (PSDB) ou Marina Silva (Rede). O presidente Michel Temer aparece em quarto lugar na votação espontânea (3%).

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Ioiô da repatriação

Um telefonema de Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo de Temer, enterrou pela quinta vez uma possível inserção em pauta da lei de repatriação pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O governo está preocupado com uma eventual mudança na data para quem quiser aderir à repatriação, que poderia criar instabilidade na lei. Há resistência dentro da base aliada sobre a divisão dos valores que serão arrecadados e quanto será repassado aos estados, por exemplo, que precisam de socorro financeiro.

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MP do setor elétrico

O Senado aprovou nesta quarta a MP 735, que cria condições mais favoráveis às privatizações do setor elétrico. O projeto prevê redução da cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) sobre as contas de luz no Sul e Sudeste do país e abre caminho para a Eletrobrás privatizar suas distribuidoras. A gestão da CDE fica com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), uma entidade privada que prevê a redução da conta. Texto segue para a sanção de Michel Temer.

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Livramento

A Polícia Civil de Goiás deflagrou nesta quarta a Operação Livramento, que investiga soltura de presos mediante atos de corrupção. Foram revelados, depois de seis meses de investigação, pagamentos de decisão judicial falsas e até troca de favores sexuais para liberar 26 detentos. O valor do passe livre variava de 5.000 a 150.000 reais, de acordo com o poder aquisitivo do criminoso. Entre advogados, servidores e outros agentes são 52 detidos.

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Pequeno erro

A operação conjunta entre Tribunal de Contas da União e Tribunal Superior Eleitoral para apurar fraudes em doações de campanha em 2016 revelou recentemente um caso de 75 milhões de reais em donativo de uma candidata para si mesma. Seu nome constava entre beneficiários do Bolsa Família. Trata-se, no entanto, de um erro de sistema. Maria Geni do Nascimento doou a si mesma a quantia de apenas 750 reais. Os cinco últimos dígitos de seu CPF são justamente os presentes na doação nominal de 75.000.844,36 reais. Maria teve 13 votos.

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