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Delação afetará mais Dilma, creem aliados de Marina

Aliados de Marina avaliam que a delação premiada feita pelo ex-diretor da Petrobras não deve atingir a campanha do PSB


	Paulo Roberto da Costa: ex-diretor mencionou Eduardo Campos em um suposto esquema de propina na Petrobras
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Paulo Roberto da Costa: ex-diretor mencionou Eduardo Campos em um suposto esquema de propina na Petrobras (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 18h59.

Brasília - Aliados da candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) avaliam que a delação premiada feita pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa não deve atingir a campanha do PSB como afetará a da adversária Dilma Rousseff (PT).

Para os apoiadores da ex-senadora, o mencionado envolvimento do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos carece de sustentação e quem deve dar explicações sobre o suposto esquema de corrupção na estatal é governo petista.

Na última sexta-feira, 5, representantes de partidos da coligação participaram da reunião do conselho político de Marina, em São Paulo.

A ideia era traçar a estratégia da campanha em meio aos ataques dos adversários e, principalmente, rebater o discurso de que a candidata é contra a exploração de petróleo da camada pré-sal.

Com a revelação dos primeiros depoimentos de Costa na Operação Lava Jato - que incluíam Campos no esquema de propina - os aliados concluíram que a citação ao ex-governador não apresenta "fatos concretos".

O discurso da campanha sobre a menção ao ex-governador é de que o ex-candidato à Presidência não comandava a estatal e não era o responsável pelas obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, portanto não pode ser envolvido nas denúncias.

"Vamos trabalhar para preservar a imagem do Eduardo", declarou o secretário de Organização do PPL, Miguel Manso.

Os apoiadores de Marina consideram que a delação premiada reforça a tese do "desmantelamento" na administração da estatal.

"As denúncias comprometem o PT. Quem praticou efetivamente os crimes foram os governos Lula e Dilma", disse o deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS. "Afeta a Dilma muito mais", afirmou Manso.

Segundo levantamentos internos feitos pela campanha, os ataques dos adversários e a delação premiada não causaram prejuízo às intenções de voto. De acordo com os dados, Marina se mostra consolidada junto ao eleitorado.

No entanto, os aliados decidiram que é preciso reagir à desconstrução da candidatura e condenar publicamente a tentativa de "baixar o nível" da campanha.

Não à toa, Marina divulgou ontem um "pronunciamento" pelo Dia da Independência em que diz que é preciso "liberar o Estado brasileiro da corrupção, do loteamento de cargos, da apropriação indevida das instituições públicas e também do uso de meios oficiais para caluniar e destruir adversários políticos".

Na mensagem assinada pela ex-senadora e seu vice de chapa, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), Marina diz que enquanto mentiras são propagadas contra ela, "a Petrobras é destruída pelo uso político, apadrinhamento e corrupção".

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