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Déficit no orçamento é maior que R$ 96 bilhões, diz ministro

Segundo ele, o orçamento tem receitas superestimadas, como aquelas previstas com CPMF e que não se realizarão


	Ricardo Barros: o novo ministro, então deputado federal, relatou o orçamento de 2016 na Câmara dos Deputados
 (Lúcio Bernardo JR/ Câmara dos Deputados)

Ricardo Barros: o novo ministro, então deputado federal, relatou o orçamento de 2016 na Câmara dos Deputados (Lúcio Bernardo JR/ Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2016 às 15h05.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (13) que o déficit primário no orçamento é maior que os R$ 96,7 bilhões reconhecidos pelo governo da presidenta afastada Dilma Rousseff.

O novo ministro, então deputado federal, relatou o orçamento de 2016 na Câmara dos Deputados.

Segundo ele, o orçamento tem receitas superestimadas, como aquelas previstas com CPMF e que não se realizarão. A renegociação da dívida dos estados também deve impactar o orçamento deste ano.

“Além do impacto dos índices macroeconômicos, nós teremos um déficit fiscal superior aos R$ 96 bilhões como estão colocados no projeto encaminhado ao Congresso. Vamos reavaliar essa questão dos déficits”, disse Barros.

O ministro explicou que o governo tem ainda R$ 230 bilhões de restos a pagar que concorrem com o orçamento de 2016, como emendas parlamentares de 2015, que são impositivas, não foram pagas e não estavam previstas.

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, disse que a intenção é aprovar logo o projeto para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com o déficit previsto de R$ 96,7 bilhões e, após, enviar emendas para aumentar esse valor.

O Tesoura Nacional deu prazo até o dia 22 de maio para que a LDO seja aprovada no Congresso, para não comprometer os pagamentos do governo.

Os ministros falaram após a primeira reunião ministerial do presidente interino Michel Temer para discutir as primeiras medidas do governo, que deverão ser anunciadas na próxima semana.

Temer assumiu ontem (12) após o afastamento de Dilma Rousseff. Ele fica no cargo por até 180 dias ou até que o Senado Federal julgue o processo de impeachment de Dilma.

Temer também já deu posse aos novos 23 ministros.

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