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Déficit na exportação de manufaturados aumentou 316% em 2010

Brasília - O déficit nas vendas externas de produtos manufaturados atingiu US$ 34,761 bilhões no ano passado, um aumento de 316,5% em relação ao déficit de US$ 8,346 bilhões em 2009, de acordo com levantamento feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).</p> Os números comprovam que as importações de produtos industrializados com […]

Porto de Santos: importações não param de crescer (Wikimedia Commons)

Porto de Santos: importações não param de crescer (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2011 às 14h46.

Brasília - O déficit nas vendas externas de produtos manufaturados atingiu US$ 34,761 bilhões no ano passado, um aumento de 316,5% em relação ao déficit de US$ 8,346 bilhões em 2009, de acordo com levantamento feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).</p>

Os números comprovam que as importações de produtos industrializados com alto valor agregado, como aviões e automóveis, têm crescido muito mais que as exportações de produtos similares, abrindo “um fosso verdadeiramente colossal no comércio exterior de produtos manufaturados”, segundo análise do Iedi.

Em documento divulgado na última quinta-feira (20), o Iedi ressalta que não é contra a importação de máquinas e equipamentos industriais e destaca que a evolução do comércio externo nos dois sentidos, simultaneamente, “alimentam e decorrem do crescimento econômico”. A grande preocupação dos analistas do instituto está na “velocidade e intensidade muito fortes” com que as importações evoluem, ao passo que as exportações de bens típicos da indústria brasileira de transformação apresentam progressão menor.

O Iedi destaca que o déficit no comércio externo de produtos manufaturados “não tem paralelo na história recente” da economia brasileira. As maiores perdas foram contabilizadas nos setores de “alta” e de “média-alta” tecnologia, mas afetou também a indústria de “média-baixa” tecnologia. Este setor tem sido tradicionalmente superavitário e registrou o primeiro saldo negativo em 2010.

Enquanto isso, a balança comercial brasileira fica cada vez mais dependente de commodities (matérias primas com cotação internacional) minerais e agrícolas para garantir saldos positivos. Quadro que só se reverterá com mudanças de ordem tributária, melhor infraestrutura para reduzir o custo Brasil e equilíbrio cambial para a produção nacional ter preços competitivos lá fora.

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